A História de Midnight- Part 9

Já em cima da cela que botará em sua águia-blindada, Ganância levanta voo, com um aceno de mão, os 30 homens cutucam seus animais, fazendo-os bater as asas poderosas e ficarem em posição atrás da tenente-coronel, os grandes cabelos negros esvoaçavam atrás de si, com o capacete e o visor como proteção para a parte da cabeça, duas armas á laser em seus cintos e a espada herdada de uma velha amiga, a falecida Preguiça.

Está morrera bravamente numa batalha na Terra, os rebeldes haviam atacado repentinamente a base no Arizona, Gula, o irmão mais novo da falecida, fora capturado quando tentou salva-la, até hoje, não se sabe o paradeiro do macho, alguns dizem que ele virou um tipo de escravo, outros, dizem que ele está morto, nunca se sabe.

As aves era rápidas, Ganância conseguia ver pela lateral esquerda de seu visor quantos quilômetros faltavam até chegar em Rubi, eram poucos, mais dez minutos no máximo.

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Por um aparelho, Ganância comunica os soldados á posição de ataque, eles rodearam o abrigo dos rebeldes, um ataque surpresa, diga-se de passagem.

As Águias blindadas mostrar as garras enquanto chacoalham levemente a cabeça, sinal de que estão ansiosas para acabar com os rebeldes, a Tenente Coronel ainda não tinha dado o sinal, havia alguma coisa errada com aquele lugar, num aceno de cabeça, todos sacam as armas laser, junto da superior, que estava pendurada na cabeça do grande animal, a arma apontando para um tipo de cabana, média, totalmente "blindada" com metais do local.

A vegetação da cidade de Rubi era um azul néon, que foi causado por pedras químicas muito abaixo do solo do planeta, que era mais abundante na região de Rubi, dando a grama uma coloração anormal, o brilho que exalava da vegetação iluminava a parte de baixo das aves e consequentemente as partes expostas dos soldados que serviam ao Imperador Jaguar, dando um ar sinistro, já que ainda era manhã e os dois sol estavam fracos, além de duas nuvens gigantescas permitirem apenas fios solares passarem por sua densidade.

Num aceno de mão da Tenente Coronel, vários feixes de luz num tom alaranjado disparam contra a cabana, derretendo a parte blindada, Ganância faz sua enorme fera pousar na grama alta e brilhosa, os outros fazem o mesmo, ela arromba a porta, e não encontra simplesmente nada, apenas uma grande mesa no meio do local, frustrada, ela dá um suspiro longo, sai pela porta arrombada avisando os outros por um aparelho de som, alguns xingaram, não se dando conta que ainda estavam em linha com a superior, seria cômico se a situação não fosse tão frustrante.

Ganância guarda as armas em seus cintos e quando ia subir em sua ave, ouve alguém gritar e cair e ouvir um baque de alguém caindo na grama, ela apenas viu vários feixes de luz alaranjados cortarem o céu, as pupilas amarelas e felinas afinaram e ela buscou imediatamente por abrigo, teve a ideia de usar sua fera como arma de combate, mas o animal havia levado um tiro no pescoço, seu sangue pintando a bela grama de negro, a fêmea pula atrás de um muro desgastado de obsidiana, as vezes se levantando para atirar contra o inimigo, no canto superior de seu visor viu que apenas 5 homens estavam na linha.

Ela conseguiu derrubar no mínimo, 10 homens, até sua munição acabar.- Droga!- Pragueja, porém tem uma ideia: Tinha que avisar a Marechal sobre a situação, mesmo que ela morra.

- Os que ainda estiverem vivos, peguem suas águias blindadas e fujam daqui! Não se preocupem comigo e nem olhem para trás, apenas vão! Isso é uma ordem!- Gritava em meio o barulho insuportável do tiroteio, dois homens pularam em suas feras e conseguiram fugir, os outros três que tentaram tiveram a cabeça explodida.

Foi aí que Ganância vira a vida passando diante de seus olhos, e como um tipo de suicídio honroso, ela pula do abrigo para a frente do inimigo, mas não leva nenhum tiro, confusa ela olha para os, aproximadamente, 25 rebeldes com as armas apontando para si, a fêmea tinhas dois ferimentos, nada muito graves, um raspão na testa e outro no canto da boca, escorria um leve filete de sangue negro deles, manchando a pele azulada, ela já não estava mais com a jaqueta do exército Jaguar, estava toda machada pelo sangue negro de seus iguais que ela tentou proteger, e estava ficando pesada, o que fez a fêmea tirar a peça de roupa, deixando a mostra apenas uma velha e leve camiseta de algodão.

(imagem e personagem totalmente meus, não pegue sem minha permissão)

Os rebeldes abrem caminho para um macho, cuja armadura vermelho sangue escondia todo o corpo, a máscara era assustadora, com um visor verde pontiagudo e dentes amarelados de feras inimagináveis na região da boca, ele fala algo com seus homens.

-Solte todas as suas armas.- A voz distorcida lhe causava arrepios, como uma lavagem cerebral, ela joga as duas pistolas e a espada no chão, erguendo as mãos em rendição, ao ver a espada, o líder parece ter paralisado, porém, com um aceno de mão, ele manda quatro homens acorrentarem a fêmea, que rosnava loucamente para eles, porém, não conseguia ver a expressão dos rebeldes devido o capacete que protegia toda a área do rosto.

O líder, que parecia ser alto, chega perto de Ganância, e quando ele o fez, ela pode ver o físico monstruoso de seja lá qual Jaguariano estava por debaixo daquela armadura, ele pega o rosto dela rudemente, botando uma máscara de gás sonífero especial, justamente para mestiços, foi o que ela pode perceber, e em quase um minuto, ela apagou, aquele gás era a sua pior fraqueza.

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Preguiça e Gula ajudavam a de olhos mistos á se locomover no local, as paredes da Nave 604-098 eram bem confundíveis, todas sendo metálicas, a cor branca com filetes vermelhos, algumas paredes possuíam pinturas de acontecimentos históricos para aquele povo, Midnight ainda não entendia muito bem, dando que só estava com os Jaguarianos, a força, por um mês, conseguirá se comunicar com sua família, que foi chantageada a ficar de "bico fechado" sobre a espécie estrangeira, a garota sentia falta de sua mãe, de seu pai, das amigas, do seu gato e de seu cão.

Preguiça foi uma ótima companhia durante esse tempo, Gula ainda estava meio tímido, mas eles gostavam de conversar sobre a histórias de gladiadores, cada um falando de sua terra natal. Raiva, ou Ira, como preferia ser chamado, ainda era um pouco rude com a novata, mas quando eles trombaram ( o que foi ocasionado por uma Midnight provocando um Gula raivoso, nisso ela correu dele em toda a velocidade) Ira não fez nada, apenas ficou perplexo e saiu andando rapidamente, se fosse nos primeiros dias em que ela tinha chegado, ele teria a xingado e provavelmente ameaçado de bater na garota.

Teve uma certa ocasião que Midnight sem querer acabou indo no vestiário dos "machos" e viu Ira e Gula sem camisa, por algum super sentido, Ira a avistou e xingou alto, chamando a atenção de Gula que corou em purpura (era isso? Ela não se lembrava) e vestiu a camisa rapidamente.

Ela podia ter visto mal, ou algo assim, mas tinha visto um leve rubor no mal humorado.

As aulas de línguas e história com Preguiça iam bem, Midnight aprendia rápido, e por alguma razão, alguns Jaguarianos tinham medo dela, ela não entendia.

Logo lhe foi ensinado que os 7 Jaguarianos mais fortes eram nomeados como os sete pecados capitais: Um deles era a Ganância, o pecado na qual ela foi nomeada.

Tudo ficava mais claro para a garota agora.

Ela tinha aulas de combate com Ira e Gula. Diferente do alto, Ira não pegava leve com a menina, mas com o tempo, ele parecia ter ficado mais... Delicado? Algumas vezes, quando se tocavam, o menor corava, ela ainda não entendia o que aquilo significava, nesses momentos, Gula parecia ficar sem graça e desviava o olhar. "Certo, o que diabos esta acontecendo com os garotos?", era o que ela pensava toda vez que aquilo acontecia.

Com o tempo, ela foi se acostumando com eles, um de seus olhos, começava a ficar vermelho, como o outro, Preguiça e Gula comemoraram gritando, Ira deu apenas um pequeno parabéns antes de sair para fazer sabe-se lá oque, por alguma razão, ela se sentiu orgulhosa de si mesma.

Em uma das conversas com sua família, por algum tipo de tela, a menina perguntara para a mãe, já que o pai estava em trabalho:

- Mãe, toda vez que encosto em um colega, por um a caso, ele fica vermelho, a senhora sabe o que é isso?-  A inocência repentina da filha fez a mulher rir.- Não tem graça, me responda, sim?- Ela parecia ter ficado brava.

- É porque ele gosta de você, minha querida.- Os olhos, agora vermelhos, se arregalam, as pupilas amarelas dilatam, o rosto da fêmea é tingido em um azul quase negro, ela fica um tempo raciocinando: "o Ira? Gostar de mim? Impossível!", pensava.

Depois da conversa de sua mãe, ela passou a sentir mais vergonha quando estava no mesmo recinto que o mais baixo, as vezes suava quando ele chegava perto e sentia o rosto esquentar, sabendo que o que ele sentia, talvez seria reciproco.

Ela gostou disso.

Mas ela queria mais.

Muito mais.

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Os olhos vermelhos se abrem rapidamente, a respiração desregulada, ela teve lembranças... Ela se lembrou dos irmãos, uma enorme tristeza a invadiu.

As pupilas douradas e  finas percorriam o local, seu olho brilhava no escuro daquela jaula metálica.

Ouviu um barulho metálico, suas mãos e pés estavam acorrentadas por um tipo de corrente holograma avermelhada gigantesca, o lugar era escuro, pois sabiam que ela conseguia enxergar no escuro, enfim, era arrepiante.

Ela ouve passos, alguma coisa se encosta na parede holograma que fechava a jaula metálica por inteiro, o líder de porte monstruoso tira seu capacete, ela reconheceria aqueles cabelos cacheados e desgrenhados em qualquer lugar...

- Gula?!- Exclama, o velho amigo possuía uma cicatriz gigantesca do olho até a bochecha, ele estava mais maduro, sua expressão não era a fofa e delicada que era.

Ele havia mudado.

Continua.

P.S.: HUHUHU MAIS COISITAS DO PASSADO!
Galera ñ se engane, Ganância é meio malvadinha ;)
Wow, esse cap. ficou grande mas sok ne