Two Sides of the Coin- Cap. 12

- Eu me sinto ameaçado agora... - Egberth grunhiu apertando sua perna, Ace abaixou o olhar vendo que na coxa do Tenente-Coronel um corte que parecia profundo, sangrava, pingando no tapete bordado.
- Ele conseguiu ferir o senhor então... - Ace se ajoelhou olhando a ferida do Soldado, que grunhia de dor. Tirando de seu pescoço o cravat para estancar a ferida, algo que não foi eficaz, o pano branco logo se tingindo com o líquido vermelho sujando as luvas de Ace, ele não tinha experiência com feridas tão profundas como aquela.
Não tanta como Peter tinha...
- Ele ainda me atingiu na perna que não tem um bom estado - Reclamou o homem tentando conter o sangramento com as mãos pressionadas no pano.
Do lado de fora da casa, Hernández estava sentado em uma mureta baixa na varanda da casa, os olho perdidos tomando goles de seu cantil de rum, sua forma de trazer a paz interna.
- Como queria que minha Arline estivesse aqui comigo... - O corsário suspirou, sentiu sua nua começar a queimar devido a luz do Sol batendo diretamente na pele morena marcada pelo Sol e cicatrizes.
A porta da casa se abriu novamente e Ace saiu de lá, estava com algumas manchas de sangue no traje e em mãos lenços embebidos ao líquido vermelho, o garoto os atirou em uma cesta com plantas daninhas e outras pragas de plantação.
- Estás bien? - Perguntou o homem olhando Ace de cima abaixo, o garoto abaixou o capuz e assentiu, ele se mostrava preocupado com alguma coisa, seria alguma coisa que Egberth tinha dito?
- Sim... Apenas lembrei-me de uma coisa importante e estou tentando procurar uma solução- Suspirou Ace - Vamos embora - O garoto pulou agarrando a viga de madeira do teto da varanda subindo para o telhado, confuso, Hernández o seguiu fazendo os mesmos passos, ambos, atentos a qualquer mudança  drástica na multidão de pessoas na rua.
-Casa do Louis
A casa estava parcialmente quieta, se não fossem os gêmeos jogando cartas na mesa da sala fazendo ambos apostas e lançando insultos a cada rodada perdida.
-  Vejas como sou um ótimo ganhador de capital, fratella! - Victor zombou da irmã balancçando um pequeno bolo de Notas na mão, mesmo sendo um valor muito menor que o que tinha perdido para Donatella, que ao lado o bolo estava perfeitamente empilhado esbanjando-se.
- Perdeste muito mais, fratellino, então, não cantáis a vitória... - Explicou a mulher colocando sobre a mesa três cartas de mesmo naipe e valor, Áses de Espada número 4.
- Ah... - O sorriso de Victor se esvaiu assim como o dinheiro que ele tinha recebido, entregando tudo a irmã que sorria satisfeita com seu lucro.
- Eu disse que você não deveria ter cantado a Vitória, fratellino - Ela se levantou colocando o dinheiro no bolso da calça e indo para seu quarto, deixando Victor a ver navios triste com seu "deslucro".
-Casa do Egberth
- Irei ficar aqui por um tempo, senhor,  não se sabe se aquele desgraçado vai retornar... - O assassino desconhecido se sentou no sofá ao lado de Egberth, tirando o capuz.
um rosto moreno, nariz desenhado e olhos amendoados brilhantes, os cabelos presos com pequenas tranças adornando.
- Agradeço por isso, jovem... - Egberth suspirou - Alias, chama-se?
- Me chamo Ratonhnhaké:ton -  Respondeu o Assassino, Egberth ergueu uma sobrancelha confuso - Me chame de Connor
-Ah, obrigado, bem mais simples... - Egberth sorriu, Connor tentou fazer o mesmo mas era algo que não encaixava a ele.
Connor se levantou e colocou o capuz novamente, saindo pela janela. Ele num movimento rápido passou para o telhado onde se apoiou em um joelho de guarda a todas as entradas da casa.

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Ambos os Assassinos se encontravam no telhado de alguma casa qualquer, Del Rey permanecia atento á qualquer Templário que passasse, Ace, por outro lado, estava distraído, distraído em demasiado.

- O que o incomoda tanto, chico?- Perguntou o mais velho, que não deixou passar o maxilar do garoto ficando mais tenso.

- Nada demais, apenas assuntos pessoais - O Corsário sorriu, dando tapas reconfortantes no ombro do garoto.

- Alguma garota hermosa está o deixando assim? - O tom malicioso do velho fez Ace soltar um pequeno riso, dirigindo a atenção dos olhos negros para os verdes de Del Rey.

- Algo assim - Respondeu, com um sorriso travesso no rosto - E mais algumas coisas - Continuou voltando á olhar para a massa de pessoas que comemoravam e continuavam com suas vidas.

- E posso saber que coisas seriam essas? - Ace sabia onde o velho queria chegar, aquilo o fez dar um grunhido no mínimo animalesco, aquilo, porém, não intimidou o  Mestre-Assassino, que continuava á encara-lo.

- Sinto saudades de minha irmã, desde que entrei para a Ordem, ela acha que estou morto - Pode-se perceber a mudança na voz sarcástica do Senhor Cornwell, estava mais suave e um sorriso doce e tímido havia se instalado em sua boca.

- Entendo - Replicou o homem, que havia voltado á se concentrar na multidão assustadora, Ace interpretou aquilo como o fim da conversa.

Os pensamentos do jovem rodavam de Peter até a briga que teve com o amigo, logo para as garotas que lhe deram um tapa na cara por as abandonar, aquilo, no entanto o fez dar um pequeno sorriso e enfim para a doce irmã, que já deveria estar casada, pensar no fato de qualquer porco rico teria se casado com seu pequeno anjo fazia Cornwell ficar furioso.

- Ei, chico - A voz de Del Rey o tirou de seus devaneios - Templários - Aquilo foi o suficiente para a sua visão atiçar, fazendo-o identificar os alvos, dois homens de vestes negras com as típicas cruzes Templárias, exibindo-as como um brasão. Ambos observavam atentamente a multidão, como se procurassem algo, Ace desferiu um olhar para o mais velho.

- Velho - Del Rey o olhou imediatamente - Eu cuido deles, alguém tem que contar sobre De La Serre para os outros - Continuou, encarando o Mestre-Assassino com frieza, o mesmo sabia no que o menor faria, abrindo um sorriso duvidoso.

- Pois bien chico - Se levantando, o velho foi para a borda daquele telhado mal feito - Confio em ti - Disse, por fim, pulando para o beco.

Ace sorriu com mistério, pulando do telhado para as ruas com um silêncio assustadoramente felino, seria fácil, dando que se camuflava com a multidão.
Empurrando alguns civis para melhor passagem, Cornwell grunhiu ao notar que os Templários entraram em um estabelecimento, uma taverna, não pensando muito, o Assassino os seguiu silenciosamente, observando seus alvos se sentarem em uma das mesas mais afastadas, sorriu, indo em direção aos mesmos.
Ambos pareciam não ter percebido a presença de Ace ali, o que tornou as coisas mais fáceis, ameaçando ambos com as suas pistolas contra as têmporas dos dois homens, que pareciam ter travado.

- Se gritarem, morrem - Sussurrou, calmo e ameaçador, um dos Templários engoliu um seco, percebeu.- Agora, sejam bonzinho e me contem onde De La Serre está -

- Nunca, Assassino de merda - Cuspiu um dos homens, Ace rosnou, apertando o gatilho e estourando os miolos do homem, o caos acabou por tomar conta da taverna, o que não impediu o jovem.

- E tu - Olhou para o sobrevivente, cujos olhos estavam arregalados como as de um rato assustado - Se queres viver, me digas, onde está De La Serre - Falou entre dentes, o Templário voltou ao estado normal, sorrindo satisfeito.

- Vá para o inferno! - Exclamou, sem paciência o garoto puxou novamente o gatilho, guardando suas pistolas ele olhou com notável desgosto para os mortos.

- Assassino! - Gritou um dos homens da taverna, escondendo-se sobre a mesa, sem falar naqueles que saíram correndo.

Ninguém ousou para-lo, Ace saiu do estabelecimento, escalando ágil o prédio se apoiando nas deformações da construção mal feita da taverna, voltou á olhar a multidão, agora assustada pelos barulhos do tiro que ecoou pelas paredes da taverna.

Ele precisava achar Peter.

O mais rápido possível.

_____________________________

Na porta da taverna, sem consentimento de Ace, Hernández estava a ouvir tudo que havia ocorrido, prevendo que alguém sairia sem a vida de lá ao ouvir os tiros e o cheiro da pólvora mista ao sangue saindo das janelas.

- Parece que o niño tem solucionado los problemas - O velho agarrou as hastes sobre a porta escalando a taverna e indo aos saltos para a casa de Louis.

Ao descer pelo telhado passando a janela, Del Rey se viu na costumeira sala do francês, limpa com adornos religiosos espalhados entre munições, sacos de pólvora e peças de armamento de longa distância.

- Monsieur, estavas com Ace, non é? - Del Rey estremeu ao ver Louis sentado em uma cadeira aparafusando o cano de um Pé de Pato Inglês, uma arma de quatro canos usada para abater mais de uma pessoa ao momento, mas, impossível de se atingir um único alvo devido nenhum de seus canos serem retos.

- Para que tens uma peça tão inútil dentro de seu arsenal? - Louis ergueu uma sobrancelha ao velho, que percebeu que sua tentativa de desviar o assunto era falha ao clérigo.

- Não mudes o assunto a qual lhe dirigi - Louis disse colocando a arma completamente montada em uma caixa, o Corsário suspirou passando a mão na face e tirando o capuz.

- Ele estava na Taverna, mas, isso não é o problema, chico... - O velho se sentou tirando de seu bolso uma pequena caixa, abrindo-a tirou um charuto que teve sua ponta cortada com a faca, depois, sendo acesso com a pederneira; impregnando o ar com o cheiro de fumo - Parece que realmente querem ver o Senhor Egberth morto...

- Isso não é uma novidade, quero saber sobre De La Serre - Del Rey cuspiu a fumaça surpreso, como Louis já sabia sobre o que havia acontecido na casa do Tenente-Coronel?
- E... Non, eu non perguntei nada ao Senhor por meio de oração se és de seu conhecimento - O francês interrompeu o espanhol que estava ao ponto de fazer uma piada com ele, sendo cortado.

- Parece que ele estava dentro do exército Norte-Americano servindo como médico causando baixas as suspeitas - Louis assentiu ao receber a Informação de Hernández.

Latidos incessantes do andar de cima com um estrondo chamaram a atenção dos dois homens, Louis sendo um homem de estranha índole tinha vários cães em sua casa, que viviam no quintal atrás. Mas, um em especial ficava dentro de casa com ele, um Cão de Bordeaux chamado Jesus.

Ambos se levantaram em velocidade, Del Rey jogou seu charuto pela janela, o que poderia causar um Incêndio, mas o espanhol não ligava para os terceiros, já que os "segundos" eram seus pêsames por perder um charuto de boa qualidade...

Louis agarrou a primeira arma ao seu lado; um mosquete já minado e Del Rey com a guarda alta, eles foram devagar atentos a qualquer outro som além de latidos e rosnados.

Ao subirem as escadas, Louis parou em frente a porta do quarto de onde os latidos de seu cão vinham, pensar em táticas em meio a algo tão sem explicação não estava na lista do homem, que ao virar a maçaneta e abrir a porta, abaixando o Mosquete e Del Rey pulando sobre a primeira coisa que se parecia com uma pessoa, jogando o estranho no chão.

Louis agarrou a coleira de Jesus que não atacou o estranho por ter uma focinheira que fazia seu trabalho sobre um Cão de 70kg.

O corsário usando os braços imobilizou o alvo, que mostrava uma reação agressiva debatendo-se e desferindo socos cegos, o cheiro de sangue e remédio vinha dele e com a chama de tentar entender, Louis entrou a abriu a janela.

- Figlios di puttana! O que pensam que estão fazendo?! - A voz de Danny que mais parecia um rosnado supreendeu ambos, Del Rey saindo de cima dela na hora, agradecendo por não ter usado a lâmina oculta sem pensar.

- Por que o cão estava a latir para você? Ele sabe que está aqui - O padre abaixou o mosquete e ajudou Donnatella a se levantar, as feridas pareciam abertas embaixo das ataduras, Louis a colocou sentada na cama.

- Ele não estava latindo para mim, alguém entrou enquanto estava trocando as ataduras, mas, saiu logo que viu que não estavas sozinho... - A voz dura da mulher misturada com surpresa fazia Del Rey pensar o que teria sido o tal "alguém".

- Quando levantei o cão passou por mim rápido e cai, dando chance para ele fugir... - Louis olhou Jesus que estava sentado coçando atrás da orelha com a pata traseira - Quando ele saiu pela outra janela, o Sol refletiu a cruz vermelha dos templários, a unica certeza que tenho é essa

Louis grunhiu soltando Jesus que começou a uma caça incessante pelo seu rabo.

- Parece que quem quer que seja o atacante que estava na casa do Senhor Egberth tinha outros amigos por ai... - O espanhol se sentou na cadeira da escrivaninha ao lado da cama.

- E onde está o Victor? - Louis olhou para Donatella que suspirou e grunhiu um palavrão entre dentes.

- Aquele maledetto saiu em um trabalho e não voltou, deve ter se engraçado com alguma puttana no caminho - Ela disse enquanto apertava uma bandagem no braço - Aproveitando, e o fratellino?

- Eu estava com ele antes de vir aqui, mas não sei onde ele se encontra agora - Passos vieram da porta interrompendo a fala do corsário, todos olharam, até mesmo o cão.

- Eu estou aqui agora, se perguntam de mim - Ace estaba na porta com seu traje sujo de pequenas gotas e espirros de sangue, uma das mãos pretas coberta de pólvora e nobrosto um sorriso doce - O que aconteceu aqui?

Louis se manifestou contando a versão de Donatella do que havia acontecido; o sorriso do garoto ainda continuava no rosto, trazendo desconforto ao de óculos.

- Essas ratazanas estão realmente agitadas - Ace se sentou pesadamente na cama ao lado de Donatella, abaixando o capuz.

Eles precisavam dobrar a atenção sobre tudo que estava a vir agora em diante.


- Por que cheira a cerveja e... Rum? - O rosto do Espanhol abriu em um sorriso ao sentir o cheiro de sua bebida amada no corpo do garoto.

- Eu apenas parei para beber um pouco, amigo- Brincou o assassino piscando, Louis por outro lado mechia em papéis dentro de uma pasta de couro que ele havia tirado de dentro do pisp falso do quarto, anotando um nome rápido e guardando-a logo depois.

- Senhor Hernández, preciso que relatem o que conteceu na casa do Tenente-Coronel hoje, as peças ainda não estão encaixando nesse enorme quebra-cabeças... - O francês se sentou ao outro lado da escrivaninha pegando papel e a pena - E eu vou atrás de informações sobre todos os grãos-mestres templários atuais, poderemos chegar aonde queremos com isso.

- Estás euforico, Louis -Ace deu um sorriso para o companheiro, que ajeitou os óculos.

- E você, vai tentar descobrir os atacantes de hoje - Ace assentiu ao pedido de Louis, que entregou uma folha com uma escrita de grafia ridícula, amassada com cheiro de alcool -Achei isso no parapeito da janela grudado em um dos vidros, tem um nome escrito, Jean Levesque - pausa - Um filho de assassino ex-comungado, hoje um dos Templários da França.

- Acha que ele vai nos levar até o Grão-Mestre e os envolvidos? - Ace guardou o papel dentro de sua casaca, Louis assentiu lentamente colocando a pena no suporte.

- Ele foi necessariamente burro em deixa algo precioso em nossas mãos tão facilmente, por isso, peço cuidado, pode ser uma armadilha - Ace ouvia as instruções com atenção, mas por dentro seu corpo fervia em ansiedade para começar seu trabalho.


Continua


P.S.: ACHARAM mesmo que o Ace era bonzinhu? hUHU, É AI QUE VÓS SE ENGANA MEU AMIGO(A)
Vish, vish, muita treta

VISH VISH VAI TER MAIS TRETA

FLWW








Comentários

  1. A discussão com o Victor tah pinicando a cabeça do Ace KASKKASKKAKS
    E agora o Victor empobreceu AKSKAKSKAKKSKAS

    Ratonhnhaké:ton?? CONNOR, QUEM FOI QUE TE DEU ESSE NOME????

    Ace não demonstrou nenhuma piedade com os Templários '-'
    Se fosse o Deadpool no lugar dele, ficaria tagarelando até falarem onde está De La Serre, fingindo que vai atirar: CLICK CLICK!

    *Louis full serious*

    Imagino se o Jesus não estivesse com a focinheira e-e
    Seja lá quem tivesse entrado pela janela, sairia mancando, com certeza e-e

    Victor foi desfilar por aí AKSKKASKKAKSASKKA
    E alguém poderia preparar um chazinho de maracujá pro Ace? O moleque vai ficar atacado, ou já está só não demonstra u-u

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  2. Ace: Ora, é claro, quem não ficaria assim quando briga com o melhor amigo?

    Victor: AH, MAS EU DEIXEI ELA GANHAR
    Donatella: Mentira, perdeste feio

    Ele é um nativo, e personagem oficial de Assassin's Creed XD ( a mãe dele uai u-u)

    Ace: Deu ataque de raiva *faz bico e cruza os braços pistolinha*
    >_> ai, ai

    Com certeza, esse cachorro é gigante tlg

    QUE NADA, DEIXA ELE ATACA QUE VAI FICAR MANEIRO ASSIM SHAUSHA

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  3. Eh, eu bem q suspeitava q o '' De La Serre'' no meio do nome do Peter não era por acaso. Agora o pobre Ace tem q absorver a informação.

    Nossa, ser silencioso e discreto q é bom nada né? Vai invadindo mesmo e tacando bala!

    O Catiorineo do Louis tá mais para Scooby-doo doq para um cão de guarda.

    É impressão minha ou as pessoas daí só pensam em beber cachaça? todo lugar tem cheiro de álcool!

    Vai começar o : persegue, pega informação, mata e persegue outro. É mais ou menos isso o resumo de Assassin's Creed xD e se o vilão final for o Peter? Seria legal :D



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