Lillium e a Virada da Ampulheta - Capítulo 4: O espelho
O Tempo caminhava pelos corredores negros e purpúreos de seu templo, diversos relógios e ampulhetas estavam presos as paredes, os tiques nunca cessavam e a areia nunca parava de escorrer, as 12 constelações flutuavam sobre o local, eram conjuntos de estrelas interligadas envoltas de uma aura as dava forma. Libra sendo agora a mias brilhante, flutuou para perto do homem de pele roxa, a balança mexia-se freneticamente, estava inquieta. Ele rosnou e balançou a mão, afastando-a de perto de si, com o único olhou para a constelação voltar a seu lugar.
Continuando o seu caminho, o Deus para em frente a uma imensa porta do mais puro dourado, ornamentada com engrenagens de todos os tamanhos. No meio, estava uma encrustada uma grande ampulheta, que ao invés de ter areia, possuía uma espécie de energia dourada que circulava freneticamente.
Ao sentir a presença da divindade, as engrenagens começam a se mover e a porta se abre em um ranger terrível, que mais parecia o grito de 100 ceifeiros. Apesar do estardalhaço, o Tempo se mantém impassível, entrando com elegância em seus aposentos.
Seu quarto era tão escuro como o resto do lugar, as paredes e o teto repleto de pontos brilhantes, assemelhando-se as estrelas, enquanto um enorme relógio flutuava próximo a base, brilhando em um claro e forte tom de azul. Quando ouviu novamente o barulho infernal e o baque da porta se fechando, o Tempo se dirigiu a uma parede, próxima a sua cama.
Um objeto grande escondia-se sobre um pano negro, com a rapidez de um raio, o homem retirou o tecido e abriu um sorriso branquíssimo. Uma pequena faísca brilhou em seu olho corrompido.
O espelho possuía uma construção simples, o vidro mágico era envolto de um fino arco de ouro, que poderia muito bem passar despercebido. Mas o interessante é o que está dentro do espelho: Uma figura feminina banhada por um manto dourado mantinha seus braços juntos em um retângulo, imóvel, como uma estatua sinistra.
- Mamãe, como é bom vê-la! - Ele abriu os braços em suposta felicidade - Está gostando da sua estadia? - A figura não respondeu, a expressão de felicidade do Tempo logo se fechou em uma carranca, cheia de ódio - Ainda me ignora, não é? - Ele se aproximou, socando o espelho, porém, não deixando um arranhão - RESPONDA-ME! - Urrou, finas linhas negras se espalhavam mais ainda pelo seu belo rosto purpuro, os respingos dourados espalhados por perto tornaram-se cinzas.
- Pai? O senhor está bem? - O Tempo voltou-se em sobressalto para o dono da voz, arfando alterado e o rosto mergulhado em um profundo tom de roxo - Com quem estava falando? - Era Gael que o indagava, um de seus filhos com a Lua, o Deus da bondade e do amor.
O homem de pele roxa sorriu, ajeitando os cachos - Ninguém, estava apenas divagando - Ele disse enquanto cobria o espelho novamente, fitando seu filho.
Gael era extraordinariamente belo, sua pele azulada era contraste com seu cabelo loiríssimo, que se enrola em cachos perfeitos, dotado de um corpo atlético e de um rosto que parecia ter sido esculpido pelos mais habilidoso dos escultores. Seus olhos, entretanto, não possuíam uma cor fixa, mudavam de acordo com suas emoções. Estavam verdes agora, desconfiança. Tempo franziu o cenho.
- Fico feliz em ouvir isso - Sorriu lindamente para seu pai - Vamos, minha mãe está o chamando para jantar, sabe que ela gosta de jantares em família - O loiro olhava na direção do espelho, fixamente.
- Sim, família - Proferiu, indo em direção a porta olhando o mais jovem, que havia se apressado seu passo, estando um pouco a frente. Como ele não havia ouvido o estardalhaço da porta se abrindo para Gael entrar? Estava tão entretido assim na conversa com sua mãe?
O homem balançou a cabeça. Aquele canto havia começado novamente, a voz feminina ecoando em sua mente, ele rosnava enquanto continuava a tremular o rosto, baba descendo pelo canto de sua boca.
*Música Lilium toca*
- Que música é essa? - A voz de seu filho ecoou em sua mente, longínqua e fraca - Pai? - Gael virou-se, arregalando os olhos que trocavam de cor freneticamente em confusão e pânico. O jovem Deus se apressou para socorrer seu pai, tirando-o de perto do Templo o mais rápido possível.
Câncer encontrava-se sentada em frente à mesa de seu quarto delicadamente decorado, em suas pequenas mãos podiam-se notar pequenos band-aids coloridos, enquanto manuseava ferramentas pequenas. A Deusa soltou um pequeno grito, recuando a mão em reflexo. Suspirou e pegou mais um band-aid da gaveta, enrolando na ponta do teto, pequenas gotas de seu sangue dourado haviam caído na mesa branca, que ela se apressou para limpar.
Com ternura, ela pegou a forma esférica com ambas as mãos. E então sorriu, finalmente estava pronta! Não seu ver, não era grandes coisas, com o corpo redondo feito de madeira e envolta por adornos de bronze, em seu topo havia uma estrela feita do mesmo material dos detalhes, com uma pequena Pedra do Sol no centro.
A nereida delicadamente tocou na pedra, que brilhou em dourado e a forma esférica se abriu ao meio, mostrando o interior de bússola normal, sem nenhum brilho mágico. Isso estava prestes a mudar, ela novamente abriu a gaveta, pegando uma caixa azul enfeitada com pequenas conchas, Câncer suspirou e o símbolo rosa em seu peito brilhou, respondendo automaticamente a estimulação, a caixa se abriu, expelindo uma fumaça prateada que a fez tossir.
Delicadamente, a seringa com a essência do Sol repousava no veludo vermelho, com suavidade, a nereida pega o recipiente olhando a bússola que acabara de criar.
Pegando uma máscara de proteção no canto da mesa, ela despeja o liquido brilhante e dourado sobre o vidro transparente. Houve uma explosão amarelada e então o vidro da bússola brilhou em um azul intenso, estrelas rodopiavam formando uma fina e detalhada seta, a Sacerdotisa levantou rapidamente a máscara de proteção, seus cabelos azuis e cacheados puxados para trás por causa da explosão. Ela esboçou um delicado sorriso, fechando o instrumento, botou-o na bolsa e desajeitadamente correu até a porta de sua casa, correndo pelos corredores da torre.
Ela tinha que achar um dos quatro, imediatamente.
A Morte encarava aquele quadro modesto pendurado na parede de madeira escura, junto a vários outros. A figura da pintura possuía uma pele pálida, longos cabelos negros que e estendiam além dos ombros e um rosto de características finas e forte, dotado de uma expressão séria. Entretanto, o que mais chamava a atenção eram os olhos.
Eram vermelhos.
De uma forte cor carmesim, forte, brilhante e profunda. Escorpião então olhou para sua própria mão, notando como suas eram garras afiadas e a coloração fúnebre de sua pele roxa pálida. Suspirou cansada, teria ela se esquecido da própria mortalidade?
Sentiu um pequeno peso em seu ombro, moveu dois de seus olhos rapidamente para a figura de corpo longo e molenga, pelos brancos espessos, focinho fino e orelhas enormes, como as de um ceifeiro.
- Quase me fez ter um infarto, seu macarrão - Ela franziu o cenho para a criaturinha, Hasret, a familiar de seu pai.
- DESCULPI - Ela soltou um guincho agudo, se enrolando mais no pescoço da Avci, que mexeu as orelhas em descontentamento - Os dois velhos disseram para você se apressar logo - Hasret balançava sua longa cauda pomposa incessantemente, estava ansiosa.
Com o objetivo de não faze-la morrer de ansiedade e agonia, Escorpião se apressou para a sala de estar, e, durante o trajeto quase bateu a cabeça em um lustre. Profanações do mais baixo calão saíram sibilantes de seus lábios, chamando a atenção de não só duas, como ele esperava, mas três figuras ao redor da mesinha, onde a bola de cristal brilhava eminentemente em seu centro.
Um silêncio constrangedor se manteve e tudo o que se pode ouvir durante trinta segundos foi o barulho crepitante do fogo da lareira.
- O que ele está fazendo aqui? - A fala de Escorpião quebrou o silêncio, enquanto este encarava o disfarce mortal de seu meio irmão.
Gael deu um sorriso sem graça, vendo ele assim de cima, a oitava divindade zodiacal percebeu que ainda estava com a sua altura original, porém se manteve estático, olhando para o outro Deus agressivamente.
- Filha, minha princesinha - Um homem pulava em frente A Morte, apesar de sua estatura consideravelmente grande para os mortais, parecia uma criança em frente a divindade, cuja cabeça batia no teto - Não se preocupe, ele está aqui pra nos ajudar - Os quatro olhos se focaram no rosto de seu pai, estava com um sorriso radiante estampado no rosto surpreendentemente jovem, a pele bronzeada e os olhos azuis límpidos brilhavam mornos diante do fogo da lareira.
- Como podem confiar nele tão facilmente? - A oitava Deusa diminui para um tamanho mais natural, olhando seu pai de baixo enquanto Hasret pulava para os ombros do maior, se aconchegando nos cabelos longos e prateados.
- Você deve saber melhor do que eu que ele não mentiria sobre isso - Antes que sua filha pudesse retrucar, Murat a puxou para um forte abraço - Além disso, se por acaso ele estivesse mentindo, saberíamos - Sussurrou um pouco mais sombrio, logo se virando novamente para a bola de cristal voltando com seu sorriso.
Diante de toda aquela comoção, a presença do velho dormindo desajeitadamente na poltrona havia passado despercebida. De barba longa e grisalha, pele rosada e traçada pela longínqua idade, Merlin levantou de supetão quando Murat chacoalhou brutalmente o móvel.
- Ora, pois isso é uma falta de respeito - Resmungou o ancião enquanto alisava a barba, os olhos claros se voltaram para os dois deuses - Carmilla e Querubim, finalmente chegaram! - Ele abriu os braços finos em comemoração, fogos de artificio em miniatura saiam da ponta de seus dedos. Hasret emitiu um som agudo, pulando dos ombros de seu mestre e seu escondendo embaixo da cadeira mais próxima - Agora meninos, vamos nos sentar que o assunto é sério - Com um tom sério, ele se sentou no ar, juntando as mãos calejadas enquanto entrelaçava seus dedos finos.
P.S.: Agora vamos ver a situação desenrolando família - Loida
P.S.: TÁ NA HORA DO SHOW POHAA - FluffyFox
Alah mlk todo gótico quarto no escurinho né
ResponderExcluirORA MAS ÉS UM BELO DE UM FELA DA PO-
Mano eu quelo Moide a Câncer deixa *-*
Não chama ela de macarrão Scorpio, tadinha :(
Filhão auhsushsush
Pô Murat olha o véi >:V
Aguardando por mais!
O quarto de oclixo não saiu dos seu passado punk ✋😔
ExcluirHAHA ISSO ÓDIO MAIS ÓDIO
Câncer: Mas não vai doer vai?(„ಡωಡ„)
Balengasse mais forte matava o coitado do vô >:}
Scorpio: Diz isso porque não a conhece pessoalmente, não há criatura mais chata q Hasret
Excluir(Haha esqueci de por a resposta dele <:'} )
Continuo conseguindo imaginar perfeitamente os cenários <3
ResponderExcluirCredo, por que o Tempo prendeu a mãe dele num espelho? Alias, quem seria a mãe dele?? Imagino que o abuso de substâncias sanguíneas não fez bem pra ele.
Hmmm o que a Câncer tá aprontando? >.>
Meio irmão... Por um momento esqueci que o Drácula é filho da Lua kaskak
Quase confundi o Merlin com o Papai Noel .u.
~~ESTAREI AO AGUARDO!!
Aah que bom, pensei q tivesse descrito de forma mto pobre <:'}
ExcluirHihi sei de nd n 🤭
Câncer: ( ̄ω ̄)
LKKKKKKKKKKKKK eh o Papai Noel dps da lipo