AoT Renascença; especial: Arco e flecha

Naquela manhã, Victor treinava com sua mãe no arco e flecha, já que, Sasha tinha habilidades muito boas com esse material, e estava de folga hoje, enquanto Connie estava em seu turno, trabalhando fora das Muralhas, junto do esquadrão Levi.

Era verão, um mês depois de Louise ser raptada e monstros assassinarem um igreja inteira sem motivo plausível.

As bochechas do pequeno estavam levemente avermelhadas, culpa do calor do Sol, que estava especialmente quente naquele dia, e sua camisa de manga longa não ajudava, apesar de ser um tecido leve, Sasha mantinha-se dois metros atrás do menino, com a mão na cintura, observando o garoto mirar a flecha em direção ao alvo, que era uma árvore marcada.

- Victor, endireite a postura.- Ela se pôs ao lado do menino, com o seu próprio equipamento, mostrando a postura correta, ele a imitou o que a fez sorrir, ele "puxou" a flecha, bem no meio do alvo, porém passou de raspão, e como era uma árvore estranhamente fina, caiu longe, quase na beirada da floresta que se separava dos campos de plantação perto da cidade de Rose, que era dividido por um muro de sua altura, feito de pedras amontoadas uma nas outras, e como já não havia muita floresta devido a superpopulação causado pelo constante rompimento das muralhas, era fácil ele ir rapidamente para a cidade.- Vai lá pegar a flecha.- Ela riu, ele sorriu de volta, adentrando o mato.

O matagal naquele local não era tão denso, mas era considerável, pelo menos para alguém minúsculo como ele, ele vai chegando mais perto do limite da floresta, ele acha o pedaço de madeira numa clareira minúscula, até ouvir barulhos cortando o ar, 5 metros de distância, com a flecha em mãos ele vai em direção aos barulhos, sem fazer barulho, mesmo que fosse difícil.

Logo atrás de um arbusto, uma onda de cabelos negros longos se remexia com agilidade.

- Anna?- Ele pergunta, saindo do arbusto, como um coelho, desviando do canivete que lhe fora lançado, por pouco, a ferramenta pontiaguda acabou grudada numa árvore, a esmeraldina ainda não os tinha perdoado, e tinha evoluído bastante suas habilidades em dois dias, ela passa por ele friamente, os olhos perfurando a sua alma, ele estremece, abaixando a cabeça, ela arranca a ferramenta com brutalidade, voltando para o local judiar da pobre árvore que era acertada violentamente pelo canivete.- Você está descontado sua raiva numa arvore?- Pergunto sarcástico, jogando a flecha no chão, que grudou no chão e se sentou pesadamente ao lado do pedaço de madeira pontiagudo, observando a menina descontando a raiva de forma quase animalesca.- Uh... - Ele puxou assunto, ela para de repente, e olha pelos ombros, como se dissesse para ele continuar, ele engole um seco, a morena nunca tinha sido daquele jeito, pelo menos não com ele.- Ainda... Está chateada?- Ele junta as próprias mãos, apertando-as, ela suspira, guardando o canivete na bota, e se senta pesadamente na frente dele, ele levanta a cabeça com os olhos arregalados.

- Sim, eu estou.- O tom era frio, mas os olhos eram os cativantes de antes.- Sabe... Como é ruim ser...- Pausa.- Desmerecido?- Ela o encara, porém ele se vira, com vergonha de encara-la.- Se suas desculpas fossem verdadeiras, teria olhado nos meus olhos, e não desviado.- Ele estala a língua com surpresa, ela conseguiu captar um mínimo gesto, não sabia que ela era assim, ou apenas mudou depois de assassinar duas pessoas, ele dá um suspiro cansado, os olhos âmbar encontram os esmeralda, o que fez os olhos da menina se arregalarem minimamente, mas apenas por alguns segundos.

- Me desculpe, ok?- Eles se encaram por cinco minutos, então Sasha chamou o menino, já preocupada, ele olhou se desculpando, estendendo a mão pra ela, ela olhou para ele depois para a mão, meio arisca, mas acabou pegando-a, assim, dando impulso para se levantar, ela deu um aceno com a cabeça, na qual ele interpretou como um agradecimento, ele fez de volta, adentrando o matagal, mas parou naquele instante.- Se quiser... Podíamos ir nos encontramos com os outros na Muralha Maria, a Lou e o Arthur me falaram que Hanji tinha que resolver umas coisas lá envolvendo a Tropa de Exploração e a algodão está lá com os dois, já que foi necessário que Mikasa e Jean fossem na missão de hoje.- Ele viu os olhos da menina brilharem, e sorriu com aquilo.

- Tudo bem...- Responde, escondendo a alegria.- Não tenho nada para fazer de qualquer maneira.- Ela dá de ombros, sendo surpreendida pelo garoto pegando-a pelo braço e começando a correr, ela o olhava com uma face interrogativa, mas logo o acompanhou, sorrindo de canto, ele a levou até onde estava Sasha que batia os pés de forma impaciente, logo sorrindo ao ver as duas crianças, um pouco surpresa pela de olhos esmeralda, mas feliz.

- Filha do Eren certo?- Ela assente tímida, a maior ri bagunçando os seus cabelos, Victor riu de leve ao ver o leve rubor nas bochechas da menina.- Vocês querem ir brincar não é?- O moreno responde com um sim animado, enquanto a de olhos verdes continuava tímida, passando a mão na nuca murmurando que sim, Sasha sorriu, cruzando os braços abaixo dos seios.- Podem ir, podemos treinar amanhã.- Diz se dirigindo ao filho, que compreende, ele olha animado para a amiga que nem tempo de pensar teve antes que ele a puxasse novamente pelo braço, ela tropeça e começa a reclamar, gerando uma onda de risadas na mais velha, que tinha ficado lá até eles sumirem de vista.

__ 1 hora depois__

Ele a guiava pela cidade de Maria, as ruadelas eram mais cheias ainda do que as de Rose, deixando a menina meio confusa, já que não era acostumada com tanto movimento.

- Você já veio aqui?- Pergunta, abismada com o conhecimento do menor sobre aquele local.- Ele olhou por cima dos ombros e assentiu, se passa mais um tempo e ele a leva para uma plantação de algodão ao sul de Maria, Distrito de Shiganshina.

A menina abaixa ao meio da plantação, que estava em seu auge, brincando com as pontas felpudas, e observando-as voar longe, até ir bem alto no céu, sumindo de vista.

- Queria ir tão longe quanto aquele algodão.- Ela desabafa, fazendo o menino, que estava encostado numa árvore, a olhar com os olhos âmbar arregalados, ela o olha de volta.

- Você... Quer sair das muralhas?!- Pergunta abismado.- Não! Você pode morrer, isso... É loucura.- Ele se senta ainda encostado na árvore, apreciando o céu azul com poucas nuvens.

- Prefiro morrer do que ficar aqui.- Responde, de forma mais ríspida que o necessário, fazendo o outro suspirar.- Eu... Quero ver o mar.- Ela se deita em meio a vegetação, fechando os olhos por um momento, enquanto a brisa acariciava o local.- Não só o mar.- Ela se levanta, indo até a árvore.- Já imaginou o que tem lá fora? Se tem mais pessoas? Além daqueles monstros?- Os olhos esmeralda brilhavam como nunca, ele bufa.

- Sendo assim...- Ele levanta.- Todos nós vamos junto com você.- Eles ouvem um grito.

- ELA VEIO?!- Louise corria em meio a plantação, logo ela tropeça, caindo de cara no chão.- Droga.- Ela se levanta, vendo a lente do óculos trincada, Arthur vem rindo logo atrás, ajudando-a  se levantar.

- Quatro olhos idiota.- Brinca, a menina dá um soco no ombro dele, de brincadeira é claro, Victoria vinha logo atrás, mas suas pernas curtas não ajudavam muito.

Agora todos já estavam reunidos a sombra confortável da árvore, que era grande o suficiente para formar um grande circulo em torno de si, os raios de Sol que passavam por suas folhas formavam pequenos ciscos dourados.

- Então...- Começa Louise, a fim de quebrar o silencio desconfortável que tinha se apoderado dos pequenos.- Você... Nos perdoa?- Os três a olharam com expectativa, a armadura fria e séria da garota se desmoronou, ela começou a rir, fazia uma semana que não ria daquele jeito, ela bota as mãos no rosto, como se tivesse vergonha.

- Sim, eu perdoo vocês.- Ela tinha uma expressão mais séria, mas amigável, com um sorrisinho e os olhos ternos.- Só... Não façam mais isso, ok?- Eles assentem, e logo pulam em cima dela, abraçando-a.- AHH QUE NOJO! ME LARGUEM!- Eles começam a rir, mas logo soltam a menina, que se levanta, batendo no vestido, como se estivesse sujo.

- Agora que todo mundo á se desculpou, podemos brincar?- Victor corta o clima, se levantando, indo pra qualquer lugar.

- Aonde você vai?- Pergunta Arthur, se levantando, pondo as mãos na cintura.

- Mijar.- A menina de cabelos negros torce o cenho, enquanto Arthur e Louise riam estrondosamente, Victoria não sabia o que era mijar.

A de olhos esmeralda bufa impaciente, passando a mão nos cabelos negros, que caem como uma cascata, as bochechas levemente coradas devido o calor, mesmo que estivesse na sombra, se passam, quatro minutos.

- Vamos começar?- Pergunta, batendo o pé repetidas vezes no solo cheio de gramíneas, Arthur a olha.

- Estamos se esperando Victor.- Ele fala como se fosse a coisa mais obvia do mundo, arqueando as sombra celhas de forma sarcástica.

- Ele foi fazer xixi?- Pergunta a mis frágil deles, a pele pálida e delicada sendo machucada pelos galhos do local, uma forma minúscula aparece em meio as plantas, com o cenho franzido.

- Eu estou aqui bando de lezados!- Reclama, indo em direção ao grupo, que já estavam 7 metros afastados da arvore, formando um circulo em meio a vegetação.

- Lezada aqui é só a quatro olhos Victor.- Responde a de cabelos negros, com um sorriso acido no rosto, Louise, que até então estava estranhamente quieta e encarando a muralha Maria, protestou, com o rosto numa careta engraçada.

- Vocês são uns...- Ela responderia a outra de olhos verdes, se um estrondo vindo da muralha não os tivesse chamado a sua atenção, os olhos das crianças foram lentamente se arregalando.- Deu ruim...- Os olhos avelã transmitiam medo.

-O que é aquilo vindo ali?- Pergunta Victoria, uma coisa enorme vinha em direção aos pequenos, uma pedra enorme caiu em cima da árvore que eles estavam descansando em baixo da sombra, o de olhos âmbar dá um pulo ao perceber que aquela pedra era o nariz de Maria.

- Quebraram a Muralha.- Responde Victor, disparando em direção a multidão desesperada, os amigos logo atrás, as expressões sombria e assustada das crianças enquanto ouviam os múrmuros de cidadãos desesperados, pedras que esmagaram inocentes, um buraco enorme na Muralha.

E mais uma vez, a humanidade sentiu o medo de ser controlada por eles.

De repente os murmúrios cessaram, fazendo as crianças olharem por todos os lados curiosas, olhando de volta para o buraco, por onde vinha um titã de 13 metros, com o rosto desfigurado, parecendo feliz ao ver tantos humanos como seu próximo banquete, ele andava lentamente até sua próxima vítima, uma pobre mulher ia sendo levada até a boca enorme daquele monstro, os gritos de agonia foram ouvidos por toda Shiganshina.

- Vamos embora!- Anna grita, tirando eles de seus devaneios, ela já corria como um raio, os outros atrás dela, enquanto passavam pelos civis amedrontados, os titãs avançavam rapidamente, e ondas de gritos eram ouvidos por toda Maria.- Vamos nos esconder no porão do meu avô!- A menina ofegava, Louise dá impulso, chegando perto da amiga.

- Doutor Grisha Yeager?!- Ela pergunta, igualmente ofegante ,se levantando após tropeçar, a de olhos esmeralda assente com a cabeça, eles viraram uma esquina até chegar na antiga casa onde Eren morava, a menina chega lá de forma quase animalesca, arrancando vários pedaços de madeira de cima do alçapão , enquanto Arthur e Victoria arrancavam um pedaço de madeira considerável, Louise chutava pedras para ao longe.

-Droga! Tem uma viga enorme sobre o alçapão!- O suor escorria pelo rosto bronzeado da menina, os cinco pegaram a viga, arrastando-a para longe, porém o peso aumenta consideravelmente quando Victoria larga a enorme viga e olha para o céu, que foi tampado pelo monstro.

- Venha ajudar!- Grita o loiro irritado, senti suas mãos sangrarem.

- Vamos todos morrer agora.- Os olhos grandes da menina enchiam-se de lágrimas, ela aponta pra cima, um titã de 15 metros, braços longos e dentes desalinhados os observava.

- Como?- Louise olha por cima dos ombros, os olhos avelã se arregalando ao ver o demônio os olhando de forma quase sádica, estendendo a enorme mão para pegar a vitima mais próxima, que no caso, era Victor, o menino tentava se libertar inutilmente, um estalo fora ouvido, três costelas do menino foram quebradas, os olhos dos pequenos arregalados em apavoramento, marejados, "seria esse o fim?

Porém, um sangue esguicha no rosto da sardenta, que o limpa rapidamente, a anomalia caia lentamente, em meio a densa fumaça sai um corpo pequeno.

- Capitão Levi!- Exclama Arthur, surpreso e feliz.

-Estão bem?- Pergunta de forma fria, saindo de cima da anomalia o mais velho vai em direção do monstro já morto, arrancando o menino da mão gigantesca daquele demônio, este chorava de dor e medo, duas mulheres acima de cavalos vem, pegando o de cabelos castanhos o botando-o em uma maca, e logo resgatando as crianças colocando os pequenos atrás de si, na garupa dos animais, eles galopam velozmente, deixando Levi logo atrás, observando-os com seus olhos azuis tempestuosos.

_ 2 horas depois, interior de Rose_

O Sol estava se pondo enquanto a Lua já dava aquele olá maroto aquando eles chegavam no celeiro, as crianças com a ajudas das soldadas desceram dos cavalos, observando as mesmas levarem Victor para o canto do celeiro, eles entram lentamente na construção, se sentando perto do canto na qual o amigo estava, sendo cuidado pelos médicos, uma abertura no teto da construção deixava-os verem a lua, que estava cheia hoje.

Anna, que estava com as pernas cruzadas enquanto comia aquela ração horrível das Tropas, olha a abertura, os olhos esmeralda sendo iluminados pela Lua, emanando ódio, com as sombra celhas franzidas, ela dá uma mordida na ração, de forma animalesca, os três a observavam surpresos.

- Prometam para mim...- Ela falou alto o bastante para Victor ouvir, á que não estava tão longe.- Prometam que vão dedicar seus corações a humanidade e que vamos acabar com esses demônios, vingando cada sangue derramado! Que vamos dar a Eldia a liberdade!- Elas os olha com intensidade, eles sorriem abertamente, menos Louise, que se corroía de raiva por dentro "Vamos exterminar vocês, eldianos de merda" pensava, e sem ninguém perceber, o sorriso da menina tinha se transformado num sorriso torto quase psicótico.

Ela os chama para um monte de palha enquanto as crianças iam em direção ela observava o estrago que fez com os eldianos, sorrindo de canto, inevitavelmente  pensando em Belgian, o que a fez corar, o loiro fez uma cara confusa, franzindo as sombra celhas.

Eles se deitam naquele monte, adormecendo.

_1 semana depois_

- Lou, tem certeza que eles estão por aqui?- Pergunta o menor, um pouco cambaleante, já que o corpo ainda estava um pouco doído.

- Sim.- Responde de forma animada, guiando o grupo.

- Broto, quer ajuda?- A menina de olho verdes se põe ao lado do menor, com preocupação, ele nega com a cabeça, porém os olhos da maior não desgrudam dele, era sempre assim quando um dos amigos se machucavam, ficava muito protetora, as vezes irritando.
O grupo parou em frente a uma casa abandonada, Louise sorria e Anna estava com nojo do lugar.

 - Que porra é essa Quatro-Olhos? - Anna reclamou, a de óculos não deu ouvidos e abriu a porta, o lugar foi iluminado pelo Sol, eles entraram, os passos ecoando na madeira podre deixavam o ar sombrio, Victoria olhava de um lado para o outro como um lagarto e Arthur estava atrás de Louise normalmente, a de óculos de locomovia facilmente, mostrando que conhecia o lugar, escuro, úmido, poeirento e silencioso, ela parou o grupo em frente a uma porta e sorriu tocando na maçaneta, ela se abriu e atrás dela uma sala antiga, uma mesa enorme no Centro, nas paredes estantes repletas de livros velhos e um sofá em frente à um lareira que iluminava o cômodo, todos entraram e se assustaram ao ver três crianças em pé


- Essas pragas não estavam aqui! - Arthur disse fazendo uma cruz com os dedos, a garota de cabelos negros é muito alta, muito alta mesmo, se aproximou e colocou o cotovelo na cabeça de Louise.

- São esses os facinados pela "Liberdade"? - Oxana disse com tom antipático, a esmeraldina ao ouvir o tom e o argumento já não foi com a menina.

-Sabe Brauslícia, Não gostei dela... - Anna sussurrou no ouvido do colega que corou ao ouvir o apelido novo.

De trás os dois garotos, um loiro e magro de olhos verdes e outro grande de cabelos negros e olhos azuis se aproximaram estendendo as mãos para o o resto do quinteto.

- Prazer, Belgian. 

- Sou Delphin.

- Esses são meus amigos de longa data, muito tempo mesmo... - Louise sorria enquanto abraçava os novos conhecidos, mau sabiam as crianças que Louise e os novos "amigos" eram os servos do demônio que estavam trazendo o inferno para a humanidade...










Comentários

  1. Especial gigantescamente gigante.
    Sully: Especiais são gigantes, é uma regra.
    Acho que nem sempre, ainda bem que li com a mente.
    Tigreza: Deu vontade de arrebentar a cara da Louise com um pedaço de pau...
    Que isso Tigreza '-'

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    1. É uaí, afinal é um especial, e tem que ser... Especial *ri da própria piada*
      Calma...Eu tmb quero matar ela!
      Anna: Eu tmb
      0-0

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