The Two Side of the Coin- Cap 3
Cidade de Augusta, Georgia, Colônias do Sul dos USA
____________________________________________________________________________________
Ace o olhava com receio, ele pensou que o médico era o tipo de pessoa mais doce e calma, Peter percebeu que o mais novo o encarava com receio, e lhe deu um sorriso reconfortante.
- Non fique com medo, eu nunca te machucaria.- Os olhos azuis se encontravam com os escuros do garoto, Louis fica observando seu rifle como se fosse seu bem mais precioso, olha os dois e dá uma tossidela, chamando a atenção de ambos.
- Temos de continuar.- Louis inicia seu galope, mantendo a formação anterior, com Ace no meio e Peter por último.
- Senhor, o que faremos quanto a Arthur?- Pergunta o de cabelos negros, levemente preocupado, afinal o loiro não parecia ser um homem de muitas idéias. Ace percebeu a pose do Tenente ficar mais rígida.
- Ele nos abandonou, faremos o mesmo.- Responde com a voz ríspida, o garoto tenta buscar algum asilo em Peter, mas percebe que este tinha a mesma posição quanto ao assunto, ele suspira.
Talvez, fosse o certo a se fazer.
-quebra de tempo-
Já era a noite, as únicas luzes eram a Lua e suas fiéis companheiras estrelas, de vez em quando Ace olhava para o céu com os olhos escuros brilhando maravilhados, nunca tinha visto algo parecido antes, e podia provar a sensação de liberdade.
Algo que Peter não deixou de perceber.
- Nunca tinha visto o céu estrelado antes, mon ami?- Pergunta o médico com a voz calma, se pondo ao lado do mais novo, Ace vira para encara-lo e dar um sorriso minimo.
- Não... Tinha que dormir cedo, mesmo que o céu já estivesse escuro e tão belo assim, não podia abrir as cortinas depois de um horário determinado.- O olhar antes luminoso do jovem havia ficado vago, Peter aperta seu braço de leve, o confortando, Ace sorri diante daquilo.
Eles veem um pequeno povoado ao longe, porém algo chamava atenção em meio a paisagem, o garoto estreita os olhos e vê algo vermelho e alaranjado, selvagem.
-Fogo...- Murmura, quando se dá conta, Louis já estava bem a frente deles, Peter e Ace se entreolham, seguindo o Tenente.
Eles chegam lá rapidamente, as pequenas casas pareciam ser banhadas pelo fogo, o calor era grande fazendo-os suar, as pessoas do povoado corriam á fim de salvar suas vidas, a Igreja local desmontando-se e aumentando as chamas, como demônios dali emergem Casacos Vermelhos, e um rosto conhecido: Arthur, ele estava sendo apreendido por um soldado de patente baixa em meio ao fogo.
Algo havia chamado a atenção de Ace perto de uma das pequenas casas de madeira, um garotinho que insistia como um animal em defender seus dois irmãos menores do Casaco Vermelho montado sobre um Puro Sangue acinzentado, ele saca sua pistola presa a cintura e atira impiedosamente na testa do pequeno.
Com os olhos arregalados, ele comanda Bucéfalo em direção ao Casaco Vermelho como um raio, tira a sua espada da bainha e atravessa a garganta do britânico, que não pode nem ver o que o atacou, Louis permanecia estupefato, enquanto Peter tentava conduzir as pessoas para um lugar mais seguro.
As crianças começaram a chorar incontrolavelmente diante do corpo morto do irmão mais velho, e se assustaram com o baque do Casaco Vermelho morto contra o chão, fazendo o cavalo se assustar e fugir, alarmando os Casacos Vermelhos que detinham Arthur, pondo uma faca próxima a garganta do loiro.
- Vão atrás dele!- Grita apontando com a espada para Peter, as crianças estavam estáticas.- Vão!- Grita novamente, saindo do transe, os garotos correm desesperadamente até o grupo de pessoas que estavam sendo conduzidas pelo médico.
Louis ajudava algumas senhoras, Ace o olha e olha Arthur, ele balança a cabeça negativamente enquanto botava cavalheira mente as senhoras em cima de seu enorme cavalo, ambos os franceses pareciam ignorar Arthur sendo detido pelos Casacos Vermelhos, o garoto sussurra algo para Bucéfalo, desce de sua montaria e passa por Louis pegando seu rifle antes que o mesmo pudesse perceber Ace já armava uma emboscada para salvar o alemão.
Por trás de um muro de pedras amontoadas ele atira certeiro na testa do soldado britânico que segurava o companheiro, que corre para trás do muro junto de Ace.
- Serei eternamente grato a ti.- Repetia com o sotaque forte enquanto o garoto cortava as cordas que seguravam as mãos de Arthur.
- Agradeça-me depois, ajude as pessoas, eu cuido desse infelizes.- O loiro assente e vai velozmente em direção a Peter e Louis que evacuavam o local.
Ace recarrega o rifle, como havia observado Peter o fazer antes, mirando em um dos Casacos Vermelhos e o atingindo no tronco, ele se enverga e cai no chão, haviam apenas três sobrando, ele respira fundo e sai de trás do muro de pedras correndo até o inimigo mais próximo, antes que ele pudesse reagir Ace chuta seu joelho e acerta seu rosto com a coronha do rifle e o finalizando um corte na garganta.
Algo o acerta, um Casaco Vermelho sobre si, gritando como um animal, tentando fincar a espada contra o garoto que se defendia com o rifle sobre si, empurrando o inimigo, que era demasiadamente forte, quando o britânico estava prestes a acertar a garganta de Ace, Bucéfalo o joga longe com um coice, entendendo a mensagem, Ace sai de baixo e vê seu cavalo pisar sobre a cabeça do agressor.
Faltava apenas um, meio abaixado ele procurava o Casaco Vermelho em meio as chamas infernais, o suor escorria pelo belo rosto do garoto, os olhos escuros, agora iluminado pela luz do fogo se mexiam nervosamente em busca do último inimigo que restará vivo.
Ele sente uma ardência no braço e o ouve barulho ensurdecedor do tiro da baioneta do inimigo, ele consegue localiza-lo em meio ao pequeno caminho dos casebres, sem mais noção nenhuma, Ace corre em direção ao Casaco Vermelho que tentava botar pólvora desesperadamente na baioneta, nesse meio tempo, consegue atingi-lo com a espada no peito, arrancando-a violentamente.
Ele range os dentes ao sentir a dor do ferimento aberto, num ato rápido e arranca o cravat e o amarra a fim de estancar o sangramento, num suspiro ele assobia e se cavalo aparece entre as chamas, ele se agarra á lateral do animal e consegue o montar adequadamente, cavalgando em direção aos companheiros que estavam numa distância segura.
Peter examinava diversas pessoas, que tossiam em demasiado, Louis vê Ace chegando em Bucéfalo e vai até eles com uma expressão nada agradável.
- Como ousas pegar meu rifle sem minha permissão?- O francês quase berra, Ace entrega sua preciosa arma ao dono que a toma com violência, o garoto arfa, sentindo a dor do ferimento, que Louis apenas havia percebido o braço enfaixado agora.- Mon Dieu! Estás ferido, chamarei Peter.- Ao ouvir seu nome, o médico olha para ambos os companheiros, Ace puxa levemente o uniforme de Louis, negando.
- Há aqueles que precisam mais de seus cuidados do que eu...- Sussurra, quase não aguentando ficar em cima do cavalo, a dor era infernal.
- Non é o que parece.- Ignorando o aviso de Ace, Louis chama Peter, que já observava tudo preocupado, vai como um raio até o garoto, o ajudando á descer do cavalo.
- Precisamos tratar disso, mon ami.- Peter olha para o ferimento parcialmente enfaixado, levando Ace para um local mais limpo para que pudesse o tratar.
____________________________________________________________________________________
Ainda era escuro quando Ace subia em Bucéfalo para continuarem a marcha para Massachusetts, os outros soldados já faziam um aquecimento correndo em círculos com seus animais, quando Louis veio em meio a todos com um assobio forte com os dedos parou todos, não parecia ser algo sério, já que esses anúncios sobre a guerra eram dados pelo Tenente-coronel, que por outras vozes, se chamava Egberth.
- Homens, não ganharão nada dando aos seus cavalos esse cansaço físico sem sentido - Louis disse cortando as ações dos soldados, um soldado ao longe que montava um Puro-Sangue branco riu de desdém, mas Louis não se importou e saiu lentamente para fora do campo.
- Ele acha que sabe muito sobre montaria- Disse o alemão loiro que surgiu ao lado de Ace, o moreno tinha a impressão que Louis parecia entender melhor que qualquer um ali como dominar um animal.
- Às vezes ele monta melhor que qualquer um de nós aqui - Ace disse saindo a canter com Bucéfalo deixando Arthur falando sozinho, ele não queria se meter em confusão com alguém que tinha uma patente é uma influência mais alta que a dele.
-Quebra de Tempo-
Ace e todos os soldados estavam formados em fila indiana, exatamente na mesma ordem do dia anterior, a frente dele o alemão, na qual ouvira outros chamando-o de Arthur, e atrás o suspeito médico francês, Peter.
Eles marchavam na mais pura ordem quando, vindo em uma marcha impossível de um leigo em montaria fazer com seu cavalo, um trote curto e rápido chamado Piaffe. Ele foi até Arthur com cara de poucos amigos, menos ainda do que ele tinha originalmente.
- Tenho escutado boatos que Monsieur tens falado sobre minha pessoa dentro dessa marcha. - Ele fechou a cara e Ace notou algo, as sobrancelhas de Louis eram grandes, e brilhavam ao sol, algo muito estranho, Arthur parou o cavalo empatando a fila atrás dele.
- O senhor tem bons ouvidos, Monsieur Baguete - Arthur terminou a frase com os lábios como um pato e fazendo um falso sotaque francês, Louis se empertigou com o comentário, eles começaram a discutir, mas de repente começaram a falar em suas línguas nativas, o que não perceberam que um não entendia o que o outro falava, era uma mistura de "Nain, Nain" e "Non, Non", uma confusão.
O moreno olhou para frente e percebeu que, impedidos de seguir, já que a fila deveria permanecer a mesma sempre durante a marcha, eles haviam sido deixados para trás, não se via mais cavalaria.
- Oh merde... - Louis balbuciou ao ver que estavam sozinhos no meio de uma estrada onde poderia haver a passagem de soldados ingleses
- O que o Senhor vai fazer, Tenente? - Disse do fundo Peter com tom de preocupação, Louis olhou para os lados e pegou na bolsa atrás da sela um pequeno mapa, ele mostrou para os companheiros com o dedo sobre a fronteira com a Carolina do Sul.
- Eles irão passar por aqui, pegaremos uma rota envolta a marcha original que sirva como um atalho e seguiremos até encontrarmos o Tenente-Coronel.- Louis enrolou o mapa de volta e partiu lento com o cavalo, todos aceitaram a idéia e o seguiram.
- É tua a culpa de estarmos perdidos- Arthur disse irritado - Se não tivesse vindo tirar satisfações com minha pessoa, Tenente, nós estaríamos seguindo nossos companheiros tranquilamente! - Ele agora gritava, e já sem paciência, Louis parou a marcha e sacou a pistola da cintura atirando certeiro no chapéu de Arthur, que voou e caiu no chão com um buraco em fumaça.
- Quieto - Louis mandou colocando a pistola de volta a cintura e retornando a marcha, Arthur estava abalado pelo súbito ato, Ace agora entendia que Louis era um cara bem enfezado. Eles logo entraram num pequeno bosque de árvores distantes umas das outras, facilmente transitável com os cavalos, tanto que, por ordens de Peter eles começaram a galopar para diminuir o tempo de viagem.
- Por favor, me deixe ir! - Uma voz em clamor gritava próximo a eles, assustados e curiosos com aquilo, os quatro seguiram o som, até chegarem numa pequena parte do bosque aonde era aberto e não havia mais árvores, uma clareira, Ace viu mais ou menos, pelo que ele contava, 6 casacos vermelhos mortos jazidos no chão envoltos de sangue, mais a frente um deles estava ajoelhado com um braço sangrando em frente à um homem encapuzado com uma adaga em punhos e um cavalo da cavalaria Britânica - Eu implo...- Essas foram as últimas interminadas palavras do Casaco Vermelho, que teve sua garganta cortada por um golpe certeiro da lâmina do assassino.
- Mon Dieu - Disse Peter ao ver aquilo tudo acontecer, Ace estava a pensar, quem seria aquele homem? Um membro de alguma milícia americana? Ou algum ladrão de boas habilidades que estava usando a guerra como uma forma de roubar?
Parecendo ter notado a presença do grupo na clareira, o assassino pulou sobre o cavalo e saiu disparado a galope dentro do Bosque.
- Vamos atrás dele! - Artrhur disse se preparando na sela para correr, mas Louis levantou a mão pedindo que parasse e não fizesse aquilo
- Não é nada importante exatamente, Monsieur. Seguiremos como se não tivéssemos visto isso - Louis disse decidido e eles voltaram a seguir o destino, Ace agora, perturbado com o que vira, quem seria capaz de fazer isso? Alguém de má alma e péssimos ensinamentos, condiz ele.
-Quebra de Tempo-
Já haviam passado pelo bosque, agora estavam seguindo por uma planície repleta de coelhos e animais menores, o sol estava se pondo em seus tons laranja e azul, uma maravilha da natureza.
- Senhor, pararemos para descansar ou seguiremos viajem?- Ace perguntou a Louis mesmo esperando que o francês não iria respondê-lo.
- Iremos continuar durante toda a noite, se descansaram bem senão passaram a noite pensando em atrocidades pecadoras... Seguirão tranquilamente o caminho que está por vir. - Os olhos de Louis eram atentos, logo, ouvia-se sons de cascos, um grupo pequeno pelo que parecia, vinha por trás deles, eram Casacos Vermelhos.
Ace ao ver os Casacos Vermelhos vindo em massa e aterrorizantes, como um mar de sangue, colocou a mão no peito e suspirou um "Ai meu coração", Peter então saiu a frente correndo, todos fizeram o mesmo, dispararam a galope, com o cavalo de Louis para trás caso houvesse algum ataque, ele era o único com um rifle e com uma montaria pesada como o Shire.
- Parem, ou atiraremos!- Gritou um Casaco Vermelho, o sotaque britânico forte estremeceu todos, que obedientes, pararam e se iraram de olhos para os soldados britânicos que vinham rápidos, logo estavam na frente deles os cercando.
- São patentes baixas, fique tranquilo- Peter disse no ouvido de Ace.
- Sim... - Ace respondeu, estava um pouco mais calmo, mas quando Louis pegou o cano do rifle e o sacou para frente dos britânicos ele congelou.
- Abaixe essa arma soldadinho!- Um Casaco Vermelho que parecia ser um Cabo, os outros eram todos segundos tenentes, vendo que estavam em desvantagem numérica, Louis abaixou a arma e se acalmou.
- Eles irão passar por aqui, pegaremos uma rota envolta a marcha original que sirva como um atalho e seguiremos até encontrarmos o Tenente-Coronel.- Louis enrolou o mapa de volta e partiu lento com o cavalo, todos aceitaram a idéia e o seguiram.
- É tua a culpa de estarmos perdidos- Arthur disse irritado - Se não tivesse vindo tirar satisfações com minha pessoa, Tenente, nós estaríamos seguindo nossos companheiros tranquilamente! - Ele agora gritava, e já sem paciência, Louis parou a marcha e sacou a pistola da cintura atirando certeiro no chapéu de Arthur, que voou e caiu no chão com um buraco em fumaça.
- Quieto - Louis mandou colocando a pistola de volta a cintura e retornando a marcha, Arthur estava abalado pelo súbito ato, Ace agora entendia que Louis era um cara bem enfezado. Eles logo entraram num pequeno bosque de árvores distantes umas das outras, facilmente transitável com os cavalos, tanto que, por ordens de Peter eles começaram a galopar para diminuir o tempo de viagem.
- Por favor, me deixe ir! - Uma voz em clamor gritava próximo a eles, assustados e curiosos com aquilo, os quatro seguiram o som, até chegarem numa pequena parte do bosque aonde era aberto e não havia mais árvores, uma clareira, Ace viu mais ou menos, pelo que ele contava, 6 casacos vermelhos mortos jazidos no chão envoltos de sangue, mais a frente um deles estava ajoelhado com um braço sangrando em frente à um homem encapuzado com uma adaga em punhos e um cavalo da cavalaria Britânica - Eu implo...- Essas foram as últimas interminadas palavras do Casaco Vermelho, que teve sua garganta cortada por um golpe certeiro da lâmina do assassino.
- Mon Dieu - Disse Peter ao ver aquilo tudo acontecer, Ace estava a pensar, quem seria aquele homem? Um membro de alguma milícia americana? Ou algum ladrão de boas habilidades que estava usando a guerra como uma forma de roubar?
Parecendo ter notado a presença do grupo na clareira, o assassino pulou sobre o cavalo e saiu disparado a galope dentro do Bosque.
- Vamos atrás dele! - Artrhur disse se preparando na sela para correr, mas Louis levantou a mão pedindo que parasse e não fizesse aquilo
- Não é nada importante exatamente, Monsieur. Seguiremos como se não tivéssemos visto isso - Louis disse decidido e eles voltaram a seguir o destino, Ace agora, perturbado com o que vira, quem seria capaz de fazer isso? Alguém de má alma e péssimos ensinamentos, condiz ele.
-Quebra de Tempo-
Já haviam passado pelo bosque, agora estavam seguindo por uma planície repleta de coelhos e animais menores, o sol estava se pondo em seus tons laranja e azul, uma maravilha da natureza.
- Senhor, pararemos para descansar ou seguiremos viajem?- Ace perguntou a Louis mesmo esperando que o francês não iria respondê-lo.
- Iremos continuar durante toda a noite, se descansaram bem senão passaram a noite pensando em atrocidades pecadoras... Seguirão tranquilamente o caminho que está por vir. - Os olhos de Louis eram atentos, logo, ouvia-se sons de cascos, um grupo pequeno pelo que parecia, vinha por trás deles, eram Casacos Vermelhos.
Ace ao ver os Casacos Vermelhos vindo em massa e aterrorizantes, como um mar de sangue, colocou a mão no peito e suspirou um "Ai meu coração", Peter então saiu a frente correndo, todos fizeram o mesmo, dispararam a galope, com o cavalo de Louis para trás caso houvesse algum ataque, ele era o único com um rifle e com uma montaria pesada como o Shire.
- Parem, ou atiraremos!- Gritou um Casaco Vermelho, o sotaque britânico forte estremeceu todos, que obedientes, pararam e se iraram de olhos para os soldados britânicos que vinham rápidos, logo estavam na frente deles os cercando.
- São patentes baixas, fique tranquilo- Peter disse no ouvido de Ace.
- Sim... - Ace respondeu, estava um pouco mais calmo, mas quando Louis pegou o cano do rifle e o sacou para frente dos britânicos ele congelou.
- Abaixe essa arma soldadinho!- Um Casaco Vermelho que parecia ser um Cabo, os outros eram todos segundos tenentes, vendo que estavam em desvantagem numérica, Louis abaixou a arma e se acalmou.
Ace observava atentamente qualquer movimento dos Casaco Vermelho, eles provavelmente não iriam fazer nada, porque na verdade não poderiam, estavam fora de campo e atacar seria um ato impensado e imaturo da parte deles.
- Por que vocês non nos deixam e voltam para o lugar de vocês, Monsieurs? - Disse por trás Peter, ao terminar de falar, os ingleses começaram a rir do sotaque do medico.
- Ele fala como se tivesse as narinas obstruídas - Ria estrondosamente o Cabo que liderava o grupo, Louis olhou para trás, Ace notou uma expressão de pavor, Peter passou devagar com o cavalo até Louis. Ace notou que ele estava vermelho e os olhos pareciam brilhar e tremer.
- Peter... - Louis murmurou, quando, de repente Peter pegou o rifle de Louis e apontou para o Cabo com o dedo no gatilho pronto para atirar.
- I SPEAK ENGLISH VERY WELL! - Peter berrou e atirou, o Cabo inglês foi acertado de raspão pela bala, ele gritou de dor e Peter recarregou dando outro tiro, agora pegando no ombro de um tenente ao fundo, ele havia ficado enfurecido.
Aproveitando a deixa, Arthur saiu a galope para longe os deixando.
- Volte aqui seu filho de uma... - Ace esbravejou ao ver Arthur tomando distancia, um verdadeiro covarde.
- Non ousem falar do meu sotaque! OU JE VAIS VOUS TUER TOUS! (Ou vou matar todos vocês!) - Peter esbravejou com saliva escorrendo do canto da boca, ele parecia para Ace um cara que não se deveria mecher nesses momentos.
Os Britânicos assustados deram meia volta, o Cabo e o Tenente feridos no centro para não se machucarem mais, Peter havia espantado os inimigos e Arthur havia fugido como um covarde.
Com a respiração desregulada, o francês passa a mão pelos cabelos cacheados e limpa o canto da boca, o garoto ao seu lado nunca tinha visto olhos brilharem daquela maneira, estremece apenas de lembrar, Ace percebe que Louis segurava a cruz pendurada ao seu pescoço, como se fizesse uma reza silenciosa.
- Tua arma, mon ami.- Com o tom de voz totalmente diferente, Peter entrega a arma a Louis delicadamente, este a pega meio assustado, sabia que seu velho amigo era um homem imprevisível, e isso o assustava.
Com a respiração desregulada, o francês passa a mão pelos cabelos cacheados e limpa o canto da boca, o garoto ao seu lado nunca tinha visto olhos brilharem daquela maneira, estremece apenas de lembrar, Ace percebe que Louis segurava a cruz pendurada ao seu pescoço, como se fizesse uma reza silenciosa.
- Tua arma, mon ami.- Com o tom de voz totalmente diferente, Peter entrega a arma a Louis delicadamente, este a pega meio assustado, sabia que seu velho amigo era um homem imprevisível, e isso o assustava.
Ace o olhava com receio, ele pensou que o médico era o tipo de pessoa mais doce e calma, Peter percebeu que o mais novo o encarava com receio, e lhe deu um sorriso reconfortante.
- Non fique com medo, eu nunca te machucaria.- Os olhos azuis se encontravam com os escuros do garoto, Louis fica observando seu rifle como se fosse seu bem mais precioso, olha os dois e dá uma tossidela, chamando a atenção de ambos.
- Temos de continuar.- Louis inicia seu galope, mantendo a formação anterior, com Ace no meio e Peter por último.
- Senhor, o que faremos quanto a Arthur?- Pergunta o de cabelos negros, levemente preocupado, afinal o loiro não parecia ser um homem de muitas idéias. Ace percebeu a pose do Tenente ficar mais rígida.
- Ele nos abandonou, faremos o mesmo.- Responde com a voz ríspida, o garoto tenta buscar algum asilo em Peter, mas percebe que este tinha a mesma posição quanto ao assunto, ele suspira.
Talvez, fosse o certo a se fazer.
-quebra de tempo-
Já era a noite, as únicas luzes eram a Lua e suas fiéis companheiras estrelas, de vez em quando Ace olhava para o céu com os olhos escuros brilhando maravilhados, nunca tinha visto algo parecido antes, e podia provar a sensação de liberdade.
Algo que Peter não deixou de perceber.
- Nunca tinha visto o céu estrelado antes, mon ami?- Pergunta o médico com a voz calma, se pondo ao lado do mais novo, Ace vira para encara-lo e dar um sorriso minimo.
- Não... Tinha que dormir cedo, mesmo que o céu já estivesse escuro e tão belo assim, não podia abrir as cortinas depois de um horário determinado.- O olhar antes luminoso do jovem havia ficado vago, Peter aperta seu braço de leve, o confortando, Ace sorri diante daquilo.
Eles veem um pequeno povoado ao longe, porém algo chamava atenção em meio a paisagem, o garoto estreita os olhos e vê algo vermelho e alaranjado, selvagem.
-Fogo...- Murmura, quando se dá conta, Louis já estava bem a frente deles, Peter e Ace se entreolham, seguindo o Tenente.
Eles chegam lá rapidamente, as pequenas casas pareciam ser banhadas pelo fogo, o calor era grande fazendo-os suar, as pessoas do povoado corriam á fim de salvar suas vidas, a Igreja local desmontando-se e aumentando as chamas, como demônios dali emergem Casacos Vermelhos, e um rosto conhecido: Arthur, ele estava sendo apreendido por um soldado de patente baixa em meio ao fogo.
Algo havia chamado a atenção de Ace perto de uma das pequenas casas de madeira, um garotinho que insistia como um animal em defender seus dois irmãos menores do Casaco Vermelho montado sobre um Puro Sangue acinzentado, ele saca sua pistola presa a cintura e atira impiedosamente na testa do pequeno.
Com os olhos arregalados, ele comanda Bucéfalo em direção ao Casaco Vermelho como um raio, tira a sua espada da bainha e atravessa a garganta do britânico, que não pode nem ver o que o atacou, Louis permanecia estupefato, enquanto Peter tentava conduzir as pessoas para um lugar mais seguro.
As crianças começaram a chorar incontrolavelmente diante do corpo morto do irmão mais velho, e se assustaram com o baque do Casaco Vermelho morto contra o chão, fazendo o cavalo se assustar e fugir, alarmando os Casacos Vermelhos que detinham Arthur, pondo uma faca próxima a garganta do loiro.
- Vão atrás dele!- Grita apontando com a espada para Peter, as crianças estavam estáticas.- Vão!- Grita novamente, saindo do transe, os garotos correm desesperadamente até o grupo de pessoas que estavam sendo conduzidas pelo médico.
Louis ajudava algumas senhoras, Ace o olha e olha Arthur, ele balança a cabeça negativamente enquanto botava cavalheira mente as senhoras em cima de seu enorme cavalo, ambos os franceses pareciam ignorar Arthur sendo detido pelos Casacos Vermelhos, o garoto sussurra algo para Bucéfalo, desce de sua montaria e passa por Louis pegando seu rifle antes que o mesmo pudesse perceber Ace já armava uma emboscada para salvar o alemão.
Por trás de um muro de pedras amontoadas ele atira certeiro na testa do soldado britânico que segurava o companheiro, que corre para trás do muro junto de Ace.
- Serei eternamente grato a ti.- Repetia com o sotaque forte enquanto o garoto cortava as cordas que seguravam as mãos de Arthur.
- Agradeça-me depois, ajude as pessoas, eu cuido desse infelizes.- O loiro assente e vai velozmente em direção a Peter e Louis que evacuavam o local.
Ace recarrega o rifle, como havia observado Peter o fazer antes, mirando em um dos Casacos Vermelhos e o atingindo no tronco, ele se enverga e cai no chão, haviam apenas três sobrando, ele respira fundo e sai de trás do muro de pedras correndo até o inimigo mais próximo, antes que ele pudesse reagir Ace chuta seu joelho e acerta seu rosto com a coronha do rifle e o finalizando um corte na garganta.
Algo o acerta, um Casaco Vermelho sobre si, gritando como um animal, tentando fincar a espada contra o garoto que se defendia com o rifle sobre si, empurrando o inimigo, que era demasiadamente forte, quando o britânico estava prestes a acertar a garganta de Ace, Bucéfalo o joga longe com um coice, entendendo a mensagem, Ace sai de baixo e vê seu cavalo pisar sobre a cabeça do agressor.
Faltava apenas um, meio abaixado ele procurava o Casaco Vermelho em meio as chamas infernais, o suor escorria pelo belo rosto do garoto, os olhos escuros, agora iluminado pela luz do fogo se mexiam nervosamente em busca do último inimigo que restará vivo.
Ele sente uma ardência no braço e o ouve barulho ensurdecedor do tiro da baioneta do inimigo, ele consegue localiza-lo em meio ao pequeno caminho dos casebres, sem mais noção nenhuma, Ace corre em direção ao Casaco Vermelho que tentava botar pólvora desesperadamente na baioneta, nesse meio tempo, consegue atingi-lo com a espada no peito, arrancando-a violentamente.
Ele range os dentes ao sentir a dor do ferimento aberto, num ato rápido e arranca o cravat e o amarra a fim de estancar o sangramento, num suspiro ele assobia e se cavalo aparece entre as chamas, ele se agarra á lateral do animal e consegue o montar adequadamente, cavalgando em direção aos companheiros que estavam numa distância segura.
Peter examinava diversas pessoas, que tossiam em demasiado, Louis vê Ace chegando em Bucéfalo e vai até eles com uma expressão nada agradável.
- Como ousas pegar meu rifle sem minha permissão?- O francês quase berra, Ace entrega sua preciosa arma ao dono que a toma com violência, o garoto arfa, sentindo a dor do ferimento, que Louis apenas havia percebido o braço enfaixado agora.- Mon Dieu! Estás ferido, chamarei Peter.- Ao ouvir seu nome, o médico olha para ambos os companheiros, Ace puxa levemente o uniforme de Louis, negando.
- Há aqueles que precisam mais de seus cuidados do que eu...- Sussurra, quase não aguentando ficar em cima do cavalo, a dor era infernal.
- Non é o que parece.- Ignorando o aviso de Ace, Louis chama Peter, que já observava tudo preocupado, vai como um raio até o garoto, o ajudando á descer do cavalo.
- Precisamos tratar disso, mon ami.- Peter olha para o ferimento parcialmente enfaixado, levando Ace para um local mais limpo para que pudesse o tratar.
Eles se sentaram em no chão e Peter colocou a meleta sobre o colo, abrindo-a mostrando vários medicamentos, bandagens, bisturis, tesouras, algulhas e linhas para pontos, uma garrafa de Vinagre e Aguardente, alguns isqueiros a pederneira.
- Tire a camisa por favor - Peter pediu encarecidamente, Ace ficou confuso, o ferimento era no braço, para que deveria tirar a camisa?
- Mas por quê? - Ace perguntou e Peter enrugou a face impaciente
- Preciso que a tire para que possamos usá-la como lençol para você se deitar na grama - Peter explicou e Ace rapidamente desabotoou a camisa a colocando no chão aberta e deitando sobre. Ele percebeu que Peter o observava estranhamente, aquilo o assustou.
- Boa tarde? - Ace disse estalando o dedo do braço bom na cara de Peter que acordou do devaneio e pegou o isqueiro, algodão e a garrafa de Vinagre.
- Vai arder um pouco - Peter virou um pouco de vinagre na ferida, Ace gemeu de dor, ardia como fogo, logo Peter limpou o sangue envolta e com um isqueiro aqueceu o ferimento terminando de esterilizá-lo.
- Você agora fique parado para eu costurar a ferida, se você se mover, vou costurar sua boca! - Peter ameaçou pegando linha, agulha e ataduras, Ace viu que ele não estava para brincadeiras e ficou travado como uma estaca de madeira enquanto via Peter passando a agulha na chama do isqueiro.
Peter deu a primeira incisão com a agulha que estava quente, doeu, mas era uma dor leve que podia ser esquecida, o ferimento era fechado pela linha de pesca, logo estava pronto e Peter passou as ataduras no braço de Ace sobre os pontos.
- Muito obrigada senhor - Ace logo se levantou sentando-se e sorriu para Peter, que ruborizou.
- De rien... (De nada) - Murmurou Peter passando a mão na nuca, eles então viram que atrás de uma árvore proxima, umas mulheres observavam Ace, logo, percebendo que haviam sido descobertas, saíram correndo, uma delas no meio do caminho tropeçou e caiu.
- Que esquisito... - Ace se levantou e pegou a camisa do chão colocando-me novamente, ele e Peter seguiram juntos até aonde os outros estavam esperando com os cavalos dos dois nas mãos de Louis, eles montaram e saíram a galope.
- Espero que esteja bem Ace Mon'ami - Louis disse amigável, o que fez Ace arregalar os olhos desconfiado.
- Obrigado, Louis - Ace respondeu o colega de uma forma mais íntima, parecia que eles estavam começando a se entender.
Os olhos de Ace olhavam para o céu, era lindo, cheio de estrelas brilhando como diamantes e peças de prata, ele nunca havia visto algo igual.
- Ces't très beau, non? (É muito bonito, não?) - Louis perguntou para Ace sorridente olhando para o céu tambem.
- Sim, é lindo... - Ace respondeu sereno, poderia essa ser a primeira e última vez que admiráveis o céu, ele não tinha medo de morrer, mas, o medo de voltar a viver com Lucius era ainda maior.
Viu ? é nisso q da ficar brigando , vc se perde do resto do grupo!
ResponderExcluirO Louis é brabão ein....
É treta atrás de treta nessa história ...AMOOOOOO
Poise, sim o Louis eh tipo aqueles tours chatos...
ExcluirXDDD QUE BOM Q AMA PQ VAI TER MTO MAIS
Louis é uma mistura de Serjão Berranteiro com o Ban Banco e o Nando Moura, um cara bem puto.
ExcluirQue bom mesmo que tá gostando, a coisa ainda nem chegou no pavio do fósforo, pq aí sim o trem vai esquentar :)
Tudo acontece quando alguém se distrai numa discussão, tudo acontece.
ResponderExcluirTah, eu iria falar que com o Louis não se pode mexer, mas o Peter... O PETER! O Peter parece a Sully quando encontra o machado!
Sully: Cale-se, mon ami.
Casaco Vermelho existiu ou foi criado para a história? Fiquei curiosa XDD
(Acabei de lembrar de Hitler, ca-raam...)
Mulheres curiosas e... O Ace eh tão gracinha assim? Já não basta o Victor, agora até o Peter olha estranho. Esses Peters, acontece tanta coisa com eles... (Entendedores Entenderão)
O Peter é locão, um homem imprevisivel 😂
ExcluirA Sully falou francês?! Wimnedjwkbssnje (ruídos alegres)
Ah, Casaco Vermelho era o nome dado aos soldados britânicos, pq o uniforme deles era vermelho (ava, eh memo eh fluffy?)
Ah sim, o Ace é muito gracinha, gracissimo
Ace: O-obrigada
Aw
Fico feliz em ser uma entededora 👉😎👉
Hehe o Louis é um cara bem puto
ResponderExcluirLouis: *Segurando um Hand-Spinner* Essa porra continua girando e eu continuo um cara bem puto
O Peter é tipo "Para com essa porra aí mermão, bando de baderneiro, criado a leite com pêra e pão com mortadela!"
E ss, o Ace foi criado em laboratório para ser um cara bem maravilhoso, 😏