The Two Sides of the Coin- Cap 1

Catedral de Notre Dame, Paris, França - 1770
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Um jovem subia as escadas da torre dos sinos, carregava em seus braços uma tela de pele de cordeiro e uma bolsa com tintas. Ele subia com cautela devido a baixa visibilidade dentro da torre, até chegar a portinhola que dava para o topo, aonde o Sol iluminava e reluzia nos enormes Sinos, ele andou até uma pequena mesa no centro aonde colocou com delicadeza seus materiais de pintura, em frente a ele sentado num banco estava um rapaz.
- Alphonse, cheguei - Avisou o menino cutucando o ombro da companhia, seu irmão adotivo chamado Alphonse, que se virou num sorriso, Alphonse era um menino de 11 anos, bem formado de média estatura, pele branca e lisa, os cabelos aloirados médios presos num rabo de cavalo baixo deixando a franja cortada na altura da testa solta, os olhos enfim, não eram muito admiráveis, brancos e sem luz, cegueira, vestia uma batina preta com uma faixa púrpura na cintura.
- Achei que tinha caído da escada de novo Louis - Alphonse brincou tocando o rosto do irmão que riu sem graça, Louis era bem diferente de Alphonse, alto e robusto, tinha 12 anos, os cabelos ondulados castanhos claros eram presos baixos por uma fita preta de cetim com um laço, não era tão branco mas tinha um tom moreno leve, os olhos azuis calmos atrás de um óculos de aros redondos feitos de ouro, vestia assim como o irmão uma batina preta mas na cintura uma faixa carmesim.
- Eu me recuso a cair daquela escada novamente - Louis afirmou se sentando num banco e puxando de debaixo da mesa um cavalete aonde colocou a tela.
- Eu sou cego mas não sou idiota, sei que você é um homem desprovido de inteligência - Alphonse riu e Louis jogou um pincel nele, que atingiu o peito do menino, ambos começaram a rir.
- Puis-je savoir à quel point ils rient? (Posso saber do que tanto riem?) - Uma voz fria e grossa veio de trás de Louis que temeu de cima abaixo, o sorriso de Alphonse se coagulou, era Cecil, um Arquidiácogono que era o responsável pela criação dos dois meninos, um homem de meia idade, pele clara e cabelos curtos perfeitamente penteados, nariz reto e olhos azuis gelo que atingiam a alma de Louis e de Alphonse em julgamento, vestia uma batina branca simples naquele momento, ele pegou um pincel da bolsa de Louis.
- Você e essa mania sem fundamento de pintar coisas - Ele disse em desaprovação - Deixando de lado sua formação como Padre da Catedral... - Cecil quebrou o pincel ao meio e o jogou pelo parapeito.
- Oui Monsieur, me perdoe... - Louis pediu abaixando a cabeca, Cecil passou a mão pelos cabelos do aprendiz
- Está perdoado, e você Alphonse, está quase na hora de tocar os sinos... - O Arquidiácogono se virou e desceu as escadas.
- Mas que coisa... - Louis disse chutando a mesa acertando o dedinho - Deus misericórdia! - Ele gritou ao sentir a dor em seu pé.
- Às vezes tenho vontade de sair sozinho daqui... - Alphonse disse triste em direção ao chão, Louis parou de se contorcer e pulou ao lado do irmão.
- Bebeu vinho escondido é?! - Louis repreendeu - Só quando eu criar asas que você sai daqui! - Louis se levantou erguendo os braços, Alphonse deu um suspiro.
- Eu só... - Alphonse foi interrompido por Louis que colocou o dedo nos lábios do irmão pedindo que se calasse
- Como poderei te proteger se sair daqui?- Louis perguntou sem esperar resposta, se sentando novamente, Louis pegou um lápis e começou a rabiscar um esboço na tela.
- Você tem certeza que vai continuar mesmo depois das ordens? - Alphonse perguntou enquanto ouvia o som do grafite raspando na pele de cordeiro.
- Ele vai demorar pra voltar... - Louis respondeu com uma voz aliviada, ele desenhava um rio envolto de árvores.
- Podemos dar uma volta a cavalo? - Alphonse perguntou já sabendo a resposta do irmão, Louis se levantou num sorriso largando a tela e pegando o irmão pelo braço, ajudando Alphonse eles desceram a escada rapidamente e correram até o estábulo atrás da catedral, Louis abriu a porta e eles entraram, vários cavalos da mesma raça, o Shire Inglês, estavam dentro de enormes baias, Louis foi com Alphonse até os animais deles, as duas últimas baias, até chegarem lá eles passaram pelo cavalo de Cecil, um Shire castanho com uma crina negra que ia até o ombro do animal perfeitamente trançada.
- Beauté! - Louis chamou assoviando e a cabeça de um Shire negro reluzente apareceu, o menino acariciou o animal.
- Sincère - Alphonse disse e atrás dele uma égua branca com o focinho roseado bateu a cabeça carinhosamente em seu ombro, Alphonse abraçou a égua enquanto Louis selava Beauté para selar Sincère. Quando ambos animais estavam selados Louis amarrou no cabresto de ambos uma corda que deixava Beauté guiando Sincère, Louis montou e ajudou o irmão, assim Louis começou a andar guiando Alphonse até a porta, até o de óculos dar um cutucão forte no cavalo e ele disparar a galope, estavam os dois correndo pelas ruas de Paris, Louis a frente guiando e Alphonse atrás, eles chegaram até uma pequeno bosque aonde Louis parou ocasionando que a égua atrás parasse também, os irmãos desceram e amarraram os cavalos em uma árvore, em frente um Riachinho corria sem pressa, eles se sentaram na margem ouvindo o som da água correr acalmando a mente de ambos.


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13 Colônias , Georgia -1770

Um garoto de roupas gastas estava andando pelo jardim do belo casarão, as vezes brincando de pular sobre as pedras, ele procurava por alguém, as vezes olhando para o lados para ver se a encontrava, os olhos escuros observavam cada canto daquele jardim, na qual havia visto milhares de vezes, afinal, nunca saíra daquela casa.

O Sol escaldante fazia com que seus cabelos negros brilhassem mais do que o normal, ele suspira, vendo que a pessoa quem procurava não se encontrava no mesmo banco de sempre, um banco de pedra rodeado pelas mais variadas e belas flores, ele se espreguiçou e deu meia volta, se as gritarias vindas da janela não o tivessem chamado atenção, ele se encolhe, por ouvir a voz sombria daquele homem, mas a curiosidade falava mais alto, ele se aproxima do parapeito e escora na parede, para que não o vissem.

- Como assim não podes me dar um filho?!- O homem assustador berra, o ódio era notável na sua voz.

- Sabes porque não posso Lucius!- A voz calma da Senhora Martha agora era elevada, e aquilo assustou o garotinho do outro lado da janela, que estava abraçando as próprias pernas.- Por que não escolhes Ace?! Afinal ele também é teu filho!- Se ouve passos pesados e um estalo.

- Como ousa!- Ele podia ouvir um choro baixo, Senhora Martha estava chorando?- Eu nunca escolheria aquele... Moleque maldito!- Lucius suspira.- Minha reputação estaria arruinada! Saibas de uma coisa Martha, ele não é meu filho, e nunca será!- O homem sai do recinto, indo provavelmente ao teu escritório, algumas escravas ajudam Martha a se levantar, esta chorava e soluçava, seus belos cabelos castanho claros bagunçados e sobre seu rosto, os olhos azuis mais brilhantes devido as lágrimas, a pele antes alva, possuía um vermelho devido o tapa.

O garoto se levanta, ele tinha medo de Lucius, muito medo, tremendo, foi até o banco e começou a observar o horizonte, ficando ali por longos dez minutos, pensou. Ele ouve uma porta se abrindo, os olhos escuros se iluminam ao ver Margaritha, em um belo vestido azul, ela corre até o meio irmão o abraçando de lado enquanto se senta.

- Ah, Ace, mamãe está chorando tanto...- Margaritha o olhava com seus grandes olhos acinzentados, sem falar uma única palavra ele a abraça, acariciando seus cabelos castanhos, iguais o de sua mãe.

Ela sorri, desfaz o abraço e o segura pelos ombros, as sardas espalhadas pelo seu rosto lhe davam um charme, sendo impossível dizer não para uma criatura de aparência tão angelical quanto a dela. Ace sorri, ou pelo menos tenta.

- Obrigada por sempre estar aqui comigo, irmão.- Ela acaricia o rosto bronzeado do garoto.- Sabes que confio imensamente em ti, não sabes?- Sua voz era calma e doce, aquilo o acalmava.

- Eu sei.- Falou pela primeira vez naquele dia, o rosto angelical de sua irmã se iluminou. 

- Margaritha saia de perto desse traste!- A porta é aberta com violência, o que vez ambas as crianças pularem de susto.- Saia antes que eu a tire daí.- O tom de voz de Lucius era frio, a pobre garota sem escolha se afasta do irmão.- Entre, eu tenho que conversar com esta peste.- Ela assente triste, correndo para dentro de casa, o homem se senta no banco, Ace começa a tremer, o fazendo rir.- Tens noção do quão patético és?- Os olhos azuis de Lucius cortavam a alma do menor.

- Sim, me desculpe..- Sua voz fraqueja, ele olhava para o chão, não aguentaria ver os olhos que o julgavam naquele momento, Lucius pega seu rosto com violência.

- Escute, seu demônio.- Ele dá uma pausa.- Eu vou lhe educar, e serás meu primogênito, fará tudo o que eu mandar, sem ao menos questionar, entendido?- Ele cerra os olhos, Ace assente rapidamente.- Ótimo.- Lucius se levanta e limpa as roupas, como se estivessem sujas, indo em direção a porta, ele o olha pelo ombro.- Tu vem ou não, traste?- Ace pisca várias vezes, confuso, e tremendo levemente, vai atrás do pior homem que conheceu na vida, seu próprio pai.

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Catedral de Notre Dame, Paris, França - 1770

Depois de uma Missa na manhã de Domingo, Louis guardava a garrafa de vinho na Adega da Catedral quando sentiu um dedo cutucando seu pescoço, ele se virou de súbito e viu um garoto um pouco menor que ele, cabelos castanhos cacheados presos, pele lisa e clara e olhos azuis, lindos olhos azuis claros, estranho.

- Eita... - Louis deu um pulinho e seus óculos desceram pela ponte do nariz ficando no rosto apenas por uma das pernas - Um demônio!

- Claro que non! - O garoto que, por sinal, usava roupas de fina alfaiataria, bateu no topo da cabeça de Louis fazendo o óculos do garoto cair no chão. O seminarista abaixou-se para pegar os óculos que o colocou na cara voltando a enchergar.

- Tem certeza que non quer que eu te exorcise? - Louis brincou - Primeiramente, como se chama? Depois me diga como Deus sabe você entrou aqui? - Louis colocou as mãos na cintura batendo o pé no chão.

- Me chamo Peter, e eu entrei aqui pela porta - Peter zombou da cara de Louis que ficou vermelho - Está bem, está bem, eu passei pela aquela janelinha ali em cima - Peter apontou para o vitral aberto acima deles, Louis apontou para o vitral e Peter subiu sobre a adega para fecha-lo, sem delicadeza alguma, quando Peter fechou os vidros coloridos se soltaram e caíram se quebrando no chão aos pés de Louis. 

- Opa... - Peter disse com os olhos arregalados.

- Masoquefoiquevocefez?! - Louis perguntou sem distinguir as palavras.

- Parson ... - Peter gesticulou com um sorriso torto para Louis indicando que ele queria saber o nome do seminarista

- Louis François - Louis respondeu sexo com os olhos semicerrados.

- Pardon Louis, pode deixar que limparei essa bagunca - Peter desceu da adega e olhou para Louis que estava de boca aberta olhando para o chão, parecia um peixe. Louis então foi até uma saleta e voltou trazendo um pano é uma vassoura, Peter os pegou e começou a varrer o vidro.

- O Cecil vai querer minha cabeça por isso... - Louis estava apoiado na adega com a mão na boca preocupado enquanto Peter estava agaixado pegando os últimos cacos de vidro com o pano.

- Quem sabe ele nem note... - Peter se levantou com o pano enrolado, Louis o encarou com um olhar de peixe morto, o que fez Peter se segurar para não rir, o menino colocou o pano na mesa e deu tapinhas no ombro de Louis

- Foi bom te conhecer - Peter disse dando as costas e indo embora correndo, Louis colocou a cabeça para fora da cortina da porta.

- Não digo o mesmo! - Louis gritou - Volte sempre, mas não muito, odeio visitas! 


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13 Colônias, Georgia -1770

Fazia três dias que Lucius o escolhera como primogênito, tinha de admitir, a vida era mais fácil, não dormia mais no celeiro com sua mãe, ah, como sentia saudades de sua mãe, ele pensava em diversas coisas ao mesmo tempo enquanto um das escravas ia pegar sua casaca, pensava no quão chato seria ter de aprender etiqueta, apenas com esse pensamento ele suspira, enquanto a moça de pele escura e robusta botava a casaca azul em si.

Ele não via necessidade naquilo, conseguia se vestir sozinho, mas tinha medo de apanhar, por não fazer as coisas como Lucius queria que fossem feitas, ele olha para onde a escrava estava, mas a mesma já não se encontrava lá, ele olha para as outras, que arrumavam o quarto consideravelmente grande, decorado em objetos dourados e prata e moveis claros e as vezes escuros, as cortinas vermelho vinho estavam abertas, assim como a janela, que dava de vista para a praia, ele gostava de ficar naquela janela quando não estava fazendo suas atividades.

- Senhor Ace.- Uma das moças o chamou.- Tens de ir para tuas aulas agora.- Ele se vira para ela e assente, em poucos dias já havia decorado o caminho até a "sala de aula", vai em direção a porta de seu quarto, que era branca e esculpida com alguns enfeites, algo como oliveiras, ele a abre e vai passeando pelos corredores escuros daquela casa, as escravas abriam as enormes cortinas dando iluminação no local sombrio, o garoto desce as escadas, rezando para que não encontrasse Lucius no caminho, sua reza infelizmente não deu certo, quando desceu as escadas e foi passar pelo corredor que dava a passagem para a sala de jantar, a sala de convidados, a "sala de aula" (entre outros cômodos), deu de cara com Lucius, sua expressão não estava nem um pouco amena, Ace fez uma reverência quase que exagerada.

- Amanhã conhecerá sua pretendente, seja encantador, do contrário, sabe o que lhe espera.- Ele cerrou os olhos e disse com um tom de voz cortante, subiu as escadas com passos pesados, o pequeno estremeceu diante do aviso e foi para a terceira porta, branca igual as outras, a abriu e percebeu que seu professor, um padre de uma Igreja local, já se encontrava ali, arrumando seus materiais, Ace pisca os olhos lentamente, ele iria aprender Latim, Matemática e Ciências, pelo o que estava lembrado, logo viria suas aulas de etiqueta e de montaria.

Ace fecha a porta atrás de si, se sentando numa cadeira simples, e se ajeitando na mesa esperou o Padre começar a lhe ensinar, na maioria das vezes não ouvia nada, ficava preso no seu próprio mundo.

-quebra de tempo-


Ace não aguentava mais olhar a cara daquela velha rabugenta, o ódio no seu olhar era amplamente visível, Margaritha estava sentada em uma poltrona, vendo como o irmão se saía com aquela mulher odiável.

Senhora Ruth desfere um tapa no garoto.

- Seu menino insolente! Quantas vezes tenho de repetir: Endireite a tua postura.- Contrariado, Ace resolve fazer o que ela havia pedido, ou melhor, ordenado. Ela parecia satisfeita, dando um sorriso dentado o que fez Margaritha sentir certo medo daquela senhora que parecia uma bruxa.

Os olhos escuros do menino brilhavam desafiadores, ele ganharia daquela Senhora, ganharia e esfregaria  na cara dela sua vitória.

- Agora sente-se! - A velha bruxulenta mandou decisiva puxando uma cadeira, Ace se sentou e foi atingido nas costas por Ruth

- O que eu fiz de errado? - Ace perguntou irritado e confuso

- Se sentar sobre o rabo da casaca vai deixá-la amassada, sempre que se sentar endireite-a para baixo das pernas! - Ela gritava gesticulando para que Ace se levantasse, ele se levantou e sentou-se novamente arrumando a casaca de forma que não fique amassada.

-Velha Bruxa... - Ace murmurou, murmurou alto o suficiente para que Ruth ouvisse.

- Como disse, rapazinho? - Ruth perguntou com os olhos queimando e Margaritha balançando a cabeça mandando ele parar

- Foi o que a senhora ouviu! Velha Bruxa! - Ace gritou na cara de Ruth que o agarrou pela orelha erguendo o menino, Margaritha via aquilo assustada e perplexa.

- Vai aprender a me respeitar querendo ou não seu moleque! - Ruth pegou uma régua e atingiu com força as costas de Ace, o menino se mordeu de dor mas se recusou a gritar - Agora vá para seu quarto e não saia até segunda ordem! - Ruth estava roxa de raiva, gritava como um animal, Ace se desvancilou da mão dela e saiu da "sala de aula" fechando a porta com força.

- Que horror... - Disse Margaritha para si mesma com a mão sobre a boca surpresa com tudo que tinha acabado de acontecer

Ele subia até seu quarto com passos pesados, a expressão raivosa que assustava as escravas a medida que ele passava, ele chuta a porta de seu quarto e a fecha num estrondo, ele suspira e conta até dez, o que não adiantou muito, dando que ele começou a chutar tudo que via pela frente, as cortinas se agitaram com violência devido os ventos marítimos, o que o fez lembrar que havia de fato uma janela ali, mais calmo o garoto se aproximou da janela, se apoiando no parapeito e aproveitando a vista da praia, ele conseguirá ver sua mãe da janela, a mulher negra, de cabelos extremamente cacheados e um corpo atraente vestindo roupas simples, ele sorri ao ver sua mãe, ela era muito bonita, ela era boa de mais para esse mundo.

Margaritha havia o seguido, escorada na porta ela suspira, ela vai indo em direção a sala de música, onde sua mãe costumava ficar, com a delicadeza as mãos alvas da garota abrem a porta esculpida com notas musicais, e vê sua bela mãe tocando harpa, a luz do Sol atravessava a janela aberta, e iluminava os fios da harpa assim como iluminava os cabelos lustrosos de sua mãe, Margaritha sorri, a imagem era quase que divina, a garota entra no recinto se sentando ao lado de sua mãe, a presença angelical de Martha conseguia acalmar qualquer um.

Pena que ela duraria tão pouco.

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Porto na Georgia, treze colônias - 1775

O porto movimentado devido a grande chegada de imigrantes deixava difícil encontrar Ace em meio às pessoas, vestia um manto preto para que não fosse reconhecido, em particular, olhava um banca de peixes frescos para levar para casa, as pessoas começaram a se aglomerar e ele viu chegando um enorme navio.

- Imigrantes... - Ace sorriu de canto e correu até o porto para ver as pessoas chegarem, uma rampa foi jogada do navio para a passarela e pessoas começaram a descer, todo tipo de gente de países da Europa, Italianos, Franceses e Ingleses, em especial desceram quatro jovens, um deles de cabelos castanhos médios e de bom porte físico vestindo roupas de baixa renda, um de cabelos castanhos claros de oculos vestindo uma casaca vinho elegante, atrás um loiro de pele branca usando uma simples camisa branca e calças pretas, e o que mais chamou atenção de Ace, um pequeno de cabelos cacheados e olhos azuis com roupas de alta grife. O de cabelos castanhos veio até Ace sorrindo.

- BuonGiorno Signorita - Disse o Italiano, a proposito, chamado Victor, ele havia avistado sua primeira presa naquele pais, Ace percebeu que o estranho falava com ele.

- Falas comigo? - Ace perguntou abaixando o capus, Victor ao ver o rosto do jovem piscou passando por Ace e se misturando na multidão

- Ué? - Perguntou o de óculos, Louis, que ao lado tinha Peter, velho amigo - Que loucura

- Non acho isso algo adequado para apresentações - Disse Peter indo até Ace comprimentando-o - Prazer, Peter. 

- Ace - Ace sorriu e o francês ruborizou e sorriu, Ace iria comprimentar o outro francês mas ele não estava prestando atenção, viu que um outro, Alemão, estava perdido.

- Procuras algo senhor? - Ace perguntou e o loiro olhou para ele rápido

- Nain, Nain... - O alemão, Arthur disse olhando pelos lados, Ace sabia que ele estava procurando algo mas não queria dizer.

- Se procura por carruagens de aluguel ou cavalos a venda é por ali - Ace apontou para um ponto próximo a sapataria aonde vários cavalos estavam juntos, o alemão, grande, olhos azuis claros e cabelos loiros presos baixo, agradeceu com um aceno e foi. -Provavelmente vão se alistar - Ace disse para si mesmo, a palavra Alistar ficou na cabeça dele, se ele se alistasse de livraria do Lucius, ele poderia morrer, mas passaria tempo sem ver aquele demônio, e como ele poderia ir e não voltar, Lucius não iria recusar essa oportunidade também. O jovem foi pelas ruas a procura de soldados que ficavam sentados por aí com a papelada caso algum civil quisesse se alistar, dito e feito, na primeira esquina, dois soldados de baixa patente estavam com papéis e pena na mão chamando por quem passasse, Ace acelerou o passo e foi até eles.

- Bom dia Senhor! Junte-se a nós e ajude a trazer a independência! - Um deles, o mais jovem pelo que parecia, pediu nervoso com um sorriso amarelo, Ace pegou a pena da mão dele e assinou a base do papel sem nem menos ler as letras miúdas, o que surpreendeu os dois soldados que estavam sorrindo, o mais novo entregou o papel assinado para o colega ao lado que deu para Ace um envelope com a confirmação do alistamento.

- Saíremos amanhã nesse mesmo porto - Disse o mais velho que fez continência dispensando Ace, que deu meia volta e saiu rápido até novamente o porto, ele era um soldado agora, ele iria defender o país e nada poderia tirar ele dessa situação.


Continua


P.S.: oLÁ GALERINHA
ESTOY DE VOLTA
SIM, É SOBRE AS TREZE COLÔNIAS
SIM, EU ADORO HISTÓRIA
Sim, vai aparecer gente importante
E sim, eu e Lu-chan não somos criativas com nomes
E sim, vai ter muito drama nessa bodega
E -vou parar de digitar sim- acho que é só isso .-.
VLW FLW E ATÉ A PRÓXIMA 














Comentários

  1. Finalmente , tava esperando muito pra sair esse post.
    Eu acho q vc podia fazer um desenho deles dois (Alphonse e Louis) ia ficar muito fofo.
    (Se quiser posso fazer , ia ser uma honra , é só me falar todos os detalhes da cena no chat)

    Essa história me lembra alguma outra ... só que não me recordo agr, mas eu amei essa ^^

    Sério , amei mesmo , o jeito sofisticado de escrever e tudo mais ... sei lá, eu consigo imaginar as cenas de forma diferente do que normalmente imagino.

    POR FAVOR DEIXA EU ILUSTRAR ESSA HISTÓRIA , EU TO COM UMA VONTADE DO CÃO!

    Espero pela sua resposta ^^

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    1. hueheuheu que bom que gostou!!
      CLARO QUE PODE DESENHAR, DESENHE TUDO O QUE QUISER DESSA HISTÓRIA HEHEHE
      E sim, eu e a Lu-chan vamos desenhar os personagens, um por um, tenho os desenhos no meu caderno!
      AAHHHH ESTOU TÃO FELIZ Q VC TENHA GOSTADO :333

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    2. Hohohoho! Que bom mesmo que ocê gostou, como a Fluffy disse pode desenhar o que vc quiser.
      Que bom que tbm gostou dos irmãos Jesuisinho
      Estou numa alegria que me faz sentir como se fosse o Papai Noel

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    3. A proposito , esqueci de dizer , eu oficialmente ODEIO O LUCIUS!

      O que ele tem com aquela criança?

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    4. Huhuhu, logo será dito o q ele tem c o pobre do Ace

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  2. AMODOREI!! Lembrei bastante daqueles filmes de História, heheh
    Acho que vou pesquisar o que é Arquidiácogono, ou essa palavra vai latejar na minha mente...
    Não lembro mais meus comentários enquanto lia, mas, posso deduzir que vai formar um quarteto durante a história >w>

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    1. QUE BOM QUE AMODOROU <3
      Acho q era essa a intenção, afinal, é em 1770/1775 xD
      HEUHEUHEUHEU >3<

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