N.O.V.A - Parte Um-

   

󠀦󠀦󠀦­­      󠀦󠀦󠀦­­ PRÓLOGO 󠀪󠀪󠀪

Uma pequena brecha entre as cortinas negras e gigantescas iluminava a enorme sala de metal, fria e escura, no meio, uma grande mesa igualmente de metal, com uma cadeira vermelha em seu fim, nela, estava sentada uma mulher de meia idade, porém com traços finos e elegantes, seus cabelos brancos presos numa trança que se estendia até o chão, uma fita de cetim púrpura estava amarrada em seu rosto, cobrindo-lhe os olhos.

Na outra ponta da mesa, uma figura masculina, uma armadura negra e reluzente, feita de ferro, luzes avermelhadas saíam de diversos pontos de seu corpo, como se fosse sua energia. O capacete, trajava uma cruz que percorria todo o rosto, no escuro que estava o local, a luz brilhava em vermelho-sangue, seu punho segurava fortemente o cabo de uma espada, fina e leve, numa pose nobre.

- Já deve saber, o atual esquadrão fora dizimado - A voz melodiosa da mulher ecoou no lugar, a armadura apertou mais o cabo da arma.

- Sim, eu sei - Respondeu, a voz rouca e grossa, robótica. A mais velha ergueu a cabeça.

- Você sabe o que fazer, eu já escolhi os jovens, traga-os até mim - A armadura assentiu, se virando. - Excalibur - Ele parou, mas sem olhar para trás. - Você será o primeiro - Ela o "encarava" firmemente.

- Eu não te decepcionarei... - Pausa - Nova - A armadura seguiu até a porta da grande sala, firmes e elegantes, calculados, passando pelos seguranças, ele some nas sombras.

- Tenho certeza que não, minha criança - Sussurrou, dando um leve sorriso para si mesma.

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Na entrada de uma Escola de Ensino Fundametal e Médio, a renomada escola particular, Avalon Prime High School, um enorme prédio Azul escuro com branco ao Sul da única cidade intacta depois da Grande Guerra, Avalon.

O prédio se mostrava imponente dentro do enorme lote da escola, com uma quadra ao fundo e no caminho dos portões até o hall da escola, um corredor de Cerejeiras florescendo. Vindo correndo aos tropeções, uma menina vestindo o uniforme padrão da escola, saia plissada azul-escura na altura dos joelhos com meias-calças pretas, sapatos fechados estilo mocassim, camisa social branca e um blazer militar azul escuro com botões dourados e detalhes em prateado nas costuras e bordados. A garota por outro lado era diferente dos ''padrões'' dentro das alunas da escola, sempre esbeltas, altura mediana, pele de pêssego e cabelos impecáveis. Ela, por outro lado, era alta, corpulenta, a pele morena manchada pelo Sol nas bochechas e ponte do nariz, cabelos curtos grossos com cheiro de Sal e os Incisivos distantes, a mochila nas costas era surrada, preta com anzóis agarrados em lugares inimagináveis, na sua mão, um enorme Bacalhau do Atlântico fresco.

- Professor! Professor Bradley! Trouxe um presente para o Senhor! - A garota entrou no prédio berrando e esbarrando nos outros alunos que iam para suas salas, o professor que estava conversando com uma secretária no balcão central, levantou o olhar para a Aluna, os olhos Castanhos atrás de um oclínhos, cabelos ralos grisalhos, um homem de meia-idade tecnicamente, e um pouco acima do peso.

- Não grite e corra na entrada, Agnes, vai acabar derrubando e machucando alguém - Bradley foi até Agnes que sorria com o peixe na mão, o cheiro forte de Sal, Maresia e do próprio peixe impregnavam o ar deles, ele nunca havia ganhado um peixe de um aluno, não era a clássica Maçã do dia de prova.

- Trouxe pro Senhor, eu e meu avô pegamos ele hoje mais cedo, antes do Sol nascer! Está bem fresco -  Ela disse sorrindo, até o peixe começar a se debater na mão dela - Para com isso, Português corrupto! - Agnes brigou com o peixe que estranhamente parou de se debater.

- Bom... Eu... Agradeço o presente - Bradley pegou o peixe hesitante - É bem... Carinhoso de sua parte - Ele agradeceu com um sorriso amarelo.

O peixe então, num espasmo começou a pular nas mão do professor, que gritou e jogou o animal para o alto entre um alto e sonoro "Para com essa Porra!" de Agnes ao fundo.

Passando próximo a eles, uma dos membros do Conselho Estudantil passava fiscalizando, usava o uniforme padrão impecável, pele morena clara, cabelos castanhos presos em um trança, os olhos Dourados atentos e nas mãos uma prancheta e caneta.

- Ai meu Baiacu Cachorro! - Agnes berrou vendo tudo em câmera lenta, o Bacalhau caindo na cara de Sol derrubando a garota no chão com tudo. 

- Bem Agnes, foi bom te ver, até mais -  Disse Bradley dando tapinhas no ombro de Agnes, logo, sumindo.

De súbito, a aluna se levantou veloz e rígida como madeira, o Bacalhau caído foi pisado na cabeça, que explodiu espirrando sangue e partes do crânio do peixe pelo pátio.

- Agora a Sol foi atingida pelo peixe, deve estar fedendo igual a Agnes Sardinha agora! - Disse atrás de Agnes uma voz masculina irritante rindo junto de outros alunos, meninos e meninas, considerados o grupo mais popular da escola, Sol olhou para ele como um gato endiabrado, se aproximando dele com os punhos cerrados, passando por Agnes que estava paralisada com uma expressão que era contra as leis anatômicas do movimentos dos músculos faciais.

Sol pousou a mão no ombro do garoto com tudo, empurrando ele para baixo fazendo-o gemer, não era a primeira vez que ele fazia piadas com as origens de Agnes ou qualquer outra coisa distinta nos outros estudantes.

- Olhe para mim Zenurik - Ela disse fria, os olhos de Zenurik se levantaram - Eu já disse mais de uma vez para parar com essas suas balbúrdias com os coleguinhos, ou vou por um fim nesse seu "rostinho bonito'' - Sol encerrou com um aperto no ombro de Zenurik, que estava quase se ajoelhando, rendendo-se, e olhou para os outros ''populares'' com desaprovação, dando a volta e indo embora para a sala, nesse tempo Agnes havia sumido com o peixe massacrado...
Agora, sentada em sua cadeira na sala, Agnes observava os pequenos Peixes-Palhaço e o Cirurgião-patela nadarem calmos na água fresca e bem oxigenada, ela gostava de seu lugar, a quarta carteira na quinta fileira, próxima as janelas e ao aquário de mesa da turma.

- Olhando os peixes? - A voz familiar atrás de Agnes a chamou atenção, virando e se deparando com Sol, que parecia a Monalisa, não sabia se estava sorrindo ou não.

- Sim, eu gosto deles, são bonitos e calmos, como a água... - Agnes explicou com uma viajem na sua voz, como se pensasse nos peixes mais profundamente, algo estranho para Sol

- Entendo... - Sol pausou - Mas, como se chamam? - Ela notou um brilho nos olhos azuis acinzentados de Agnes, que apontou para os Peixes-Palhaço.

- São Marlin, Nemo e Glory - Ela respondeu Sol apontando para cada peixe por nome, depois apontando para o Cirurgião-Patela - E esse, se chama Dory 

- Que original - Sol riu, Agnes riu junto com uma risada soluçada e maligna (Tipo o Quico de Chaves) fazendo Sol ficar confusa com o que estava acontecendo.

Mas, num piscar de olhos, elas Viram o Aquário virando e o som de acrílico se espatifando no chão com água foi eminente, Sol se armou para trás puxando Agnes, tudo em reflexo.

- O Aquário... - Agnes murmurou vendo os peixes se debatendo procurando oxigênio.

A morena então, olhou para o lado e viu Zenurik e outro garoto, Zenurik estava apoiado na mesa frente ao outro.

- Vocês que quebraram o Aquário?! - Esbravejou a Sub-Representante, Zenurik olhou para Sol enquanto Agnes passou correndo com os peixes na mão, saindo da sala.

- Foi o David que me empurrou, Sol! E Acabei esbarrando nesse monte de Água. - Zenurik disse arfante, no ente-braço, um fragmento do acrílico raspou e fez um corte leve em sua pele, mas estava sangrando.

- Você quem foi fraco, não aguentou um empurrão de nada - David reclamou, um garoto loiro, de cabelos espetados, olhos violeta-tesla, pele branca e com um Head-Set azul escuro no pescoço, que tocava algo que lembrava K-Pop.

- Mas é realmente um babaca, não é mesmo? - Reclamou entre dentes, uma Sol irada estava surgindo entre eles.

- Tudo isso por causa de um Aquário? - David apontou para os destroços e a água no chão, Sol tensionoy a mandíbula, até estourar.

- É uma peça cara da escola! Sabe quanto tempo que o Conselho levou pra juntar dinheiro na tesouraria para por Aquários em cada sala de aula?! E além disso, o que vão dizer para o Tratado dos Aquários? Que os peixes sumiram por Hosmose?- Ela reclamou batendo o pé no chão e as mãos na cintura, que sua cabeça queria que estivessem golpeando David e Zenurik.

Uma garota loira, com o uniforme impecável, estava com uma vassoura e uma pequena pá em mãos, começando a limpar os cacos como uma empregada.

- Por que está fazendo isso? - Sol desfez sua posição ofensiva, defensiva. A garota levantou os olhos, um vermelho vivo e o outro negro, heterocrômicos.

- Estou limpando, alguém pode se machucar...- A garota disse, Sol percebeu que ela era o tipo Menininha Mimada, com brincos, colar e pulseiras caras.

- Entendo, faz isso pra dar uma boa impressão, Sophie? - Perguntou Zenurik debochado com um sorriso, Sophie sorriu amarelo envergonhada.

- Calado, "Zenuska" - Reprovou a Sub-Representante, Sophie se levantou e foi embora com a sujeira na pá, sem falar nada mais.

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Excalibur entra na sala de metal, parecia mais escura que o normal, Nova se situava em sua cadeira, acariciando um gato de cor alaranjada enquanto outro, de cor preta, se enroscava em suas pernas.
Ele deu passos pesados até a ponta da mesa, socando a mesma, fazendo-a tremer levemente. A mulher de cabelos brancos ergue a cabeça, descontente.
- Com todo o respeito, mas por que escolher pirralhos insolentes para uma tarefa de extrema importância? - A voz robótica e assustadora se elevava á cada palavra, mas aquilo não intimidou Nova, conhecia-o muito bem.
- Excalibur - Séria - O motivo não importa, você foi ordenado á traze-los até mim, faça-o - Ela volta á sua atenção ao gato alaranjado, que dormia tranquilamente.
- Mas... -
- Faça-o - O cortou, ele cerra os punhos e sai do local nada contente.

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Dentro de uma Loja de Peixes Tropicais duas quadras da escola, Agnes e Sophie compravam os novos peixes para o Segundo aquário da Sala. Agnes estava empolgada, mostrando peixe por peixe, falando curiosidades e os nomes exóticos, numa sacola fechada com água na mão dela, um Cirurgião-Amarelo nadava louco para ser solto.

- Olhem esse aqui! - Apontou Sophie para um peixe médio de cabeça grande e corpo pequenos, manchas e com as barbatanas batendo incessantes, num sorriso Agnes pulou no lado dela.

- Esse é o Humuhumunukunukuapua'a - Disse a apaixonada por peixes sorrindo como se estivesse falando "Pizza", Sophie olhou melhor o peixe.

- Que nome feio, meu amigo...

- Ele é o peixe que representa o Novo Hawaii, vamos levar ele - Agnes disse com pulinhos alegres, Sophie riu ao ver atrás um peixe com uma verruga na cabeça, era muito feio, mais que o normal para os peixes de Agnes.

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Próximo a loja de Peixes, num beco que servia de atalho para o colégio, David e Zenurik acertavam as contas sobre o Aquário quebrado:

- Quem mandou você me empurrar, seu mongolóide?! - Esbravejou Zenurik com os punhos cerrados

- Você que não aguenta um empurrão leve com esse seu corpo de Bailarina - David retrucou indo para cima de Zenurik, desferindo um soco que o maior desviou e chutou a barriga de David, fazendo o garoto cuspir.

- Espero que eles gostem do novo Aquário - Agnes disse para Sophie enquanto entravam pelo beco da briga.
Os olhos de Sophie
se dirigem á ambos os garotos, que quase se matavam no beco escuro e pútrido, ela leva uma mão até a boca, surpresa.
- O que estão fazendo aí seus marmanjos?! - Berrou a de cabelos curtos, segurando os preciosos peixes e o aquário.

Zenurik se virou para elas, com os olhos fervendo de raiva, a expressão cheia de ódio, aproveitando a distração, o loiro o joga contra a parede, fazendo o garoto ganir.
- P-parem com isso! - Exclamou Sophie, com as mãos tremendo.
- OH MISÉR...- Agnes para do nada, olhando assustada para trás dos garotos.
- Tá olhando o quê, sebo de peixe?! - Zenurik se levanta, cuspindo as palavras com ódio, David o pega pela gola.
- Corram... - Sussurrou Agnes, recuando. Porém, os garotos não a ouviram.
Excalibur pula pesadamente ao lado dos garotos, a luz que emanava da cruz estampada em seu rosto brilhava no temeroso vermelho sangue, ele se levanta, fazendo barulhos metálicos, como um demônio de ferro.
Antes que alguém pudesse reagir, ele injeta dardos tranquilizantes na nuca dos briguentos, enquanto atira os outros dois dardos nas garotas, certeiro.
Com cuidado, ele pega o Aquário e os peixes, chutando o corpo de Agnes para o lado. Ele os bota num canto delicadamente, enquanto pega ambos os garotos como saco de batatas jogando-os no banco de trás de um carro completamente prata, em seguida ele joga Agnes e bota Sophie delicadamente no banco do carona. Fechando a porta com uma força considerável, ele olha o aquário pelos ombros, pensativo.

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 Dentro de um tipo de capsula, estava Zenurik, amarrado com correntes e com uma fita de cetim vermelha tampando seus olhos, impedindo sua visão, os cabelos negros caiam sobre o rosto, o garoto ainda se situava dormindo, apagado pelo efeito do soro.
Um rangido irritante ecoa o local, em seguida uma batida forte, de um porta. Excalibur se encosta na parede de ferro da pequena sala, olhando o jovem atentamente, este havia acordado á pouco, meio sonolento.
- O que... Aconteceu? - Erguendo a cabeça, ele percebeu que não podia ver.- Estou cego! CEGO - Berrava, se mexendo inquietante, se desesperando ainda mais ao ouvir o barulho das correntes.
- Não, tem uma fita ao redor de seus olhos, seu idiota - A voz rouca e grossa de Excalibur passa pelos ouvidos de Zenurik, que arrepiou os pelos da nuca, irritado e assustado ao mesmo tempo.
- Primeiro, quem é você, segundo, onde estou?!- Rosnava e se debatia, mas aquilo não parecia intimidar o ser que o encarava. - Dá para tirar essa droga de fita da minha cara? - O garoto, enfim, ficou quieto, respirando pesadamente pelos esforços inúteis de tentar se libertar.
- Não - Disse, sua voz apresentava um quê de irritação, o que fez o garoto sorri levemente.
Zenurik sentiu algo agarrar seus ombros com a força de Hércules, Excalibur o ergueu e saiu andando, o garoto tentou se soltar, mas eram mãos muito fortes para permitir.

- Pode me soltar?! - Exigiu com ira, Zenurik.

- Claro - Excalibur o respondeu com a voz robótica, mas, antes de Zenurik agradecer, o garoto foi jogado no chão com tudo, batendo o nariz e grunhindo como um porco, vendo a situação, Excalibur riu rouco e robôtico.

- Não precisa ser tão agressivo com os novatos, Excalibur - A voz de Nova veio por trás dele melodiosa e calma, Excalibur olhou para ela e abaixou a cabeça - Parecem que estão bem, não é?- Perguntou a mulher carinhosa

- Eu estou bem, queria saber aonde estão os meus peixes... - A voz de Agnes estridente como uma gralha estava agora, robótica e falha, o que rompeu o clima melódico causado por Nova.

- Seus peixes minha querida... - Nova virou a cabeça em direção a Excalibur, o guerreiro apontou para a mesa no centro, o Aquário estava montado com os peixes andando dentro 

- Sim, eu aproveitei como decoração - Disse Excalibur entre dentes 

- Muito obrigada! Achei que eles iriam morrer pela falta de tratamento na água - Agnes disse sorrindo, como se não ligasse por estar vendada, a jovem tirou um risada de Nova.

- Eu estou com os pulsos doloridos... - Sophie reclamou chorosa balançando as mãos, sua voz, também modificada, estava feminina mas ao mesmo tempo, parecida um rádio. Nova ergueu as sobrancelhas e Excalibur foi ajustar as algemas nas mãos da menina.

- Sinto como se eu tivesse dormido toda a minha miserável vida e acordado no inferno gelado - Reclamou com a voz sonolenta e ofegante, como se estivesse com asma, David, que estava trêmulo pela temperatura baixa do local.

Cada um estava sentado em uma cadeira separados por baias de ferro, que não deixavam que eles olhassem para os outros caso alguma coisa desse atraso com a venda, a voz modificada não deixou com que soubessem quem era quem, e por um erro fatal, Agnes ainda lembrava de partes do acontecimento antes da sedação, que deveria ter apagado a memória do momento na mente deles.

- Antes que comecem a fazer perguntas, vou explicar por que estão aqui.- Nova fosse dando início - Cada um de vocês vai nos ajudar de uma forma especial, cada um terá uma armadura com energia baseada no ser de vocês - A mulher abaixou uma alavanca na mesa e do chão se abriram alçapões onde, cápsulas de aço e acrílico saíram, cada uma com um traje diferente.

Excalibur tirou a venda de um por um, mas, mesmo assim, eles não podiam ver um ao outro, apenas Nova, o próprio traje e o guerreiro.

- Você - Nova foi até Sophie - Será conhecida como Mirage, seu traje será esse de agora em diante. - a mulher mostrou um traje que lembrava uma Harlequina, cores vermelho, preto e roxo com um capacete que lembrava um bobo da corte.

- E você, será Nezha - Nova andou até Zenurik, que estava com a cara fechada irritado. A mulher mostrou o traje de tons laranja e azul, uma lâmina circular nas costas e dois tentáculos na cabeça, como maria-chiquinhas.

- É algum tipo de piada? - Ele reclamou, mas Nova não deu atenção e seguiu até Agnes.

- Você de agora em diante, será Hydroid - Um traje estilo mergulhador preto com azul, uma segunda proteção nas pernas e tubos de oxigênio no corpo, o capacete era uma esfera com quatro pontos luminosos.

- E minha criança, será Volt - Nova mostrou o traje para David, o corpo tinha uma saia, peitoral com luzes e aros elétricos nos braços, o capacete era circular com aberturas para visor e pontos elétricos.

- Quero que se vistam para ver como ficara a sintonia de energia dos corpos - Foi um pedido claro de Nova para os jovens, que automaticamente tiveram suas algemas soltas.

- Há, Otários - Zenurik riu e saiu correndo, uma ação nem um pouco inteligente, veloz e certeiro, Excalibur levantou a pistola e atirou um tranquilizante na nuca do garoto que tropeçou no próprio pé caindo dentro do vaso de plantas adormecido.

- Na lata - O guerreiro disse rindo robótico enquanto Nova balançava a cabeça negativa

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Sophie vestia a malha inferior da armadura com relutância, o tecido estava frio e tinha medo de pegar alguma micose do objeto estranho, mas, parecia necessário para não acabar anestesiada como o chamado Nezha. Só faltava o capacete, a menina prendeu os cabelos em um coque e colocou o elástico prendendo.
- Espero que não cheire a suor e mofo -  Sophie disse para si mesma estremecendo, logo, colocando o capacete de Arlequina, para a surpresa da menina não tinha um cheiro desagradável, mas sim um cheiro suave de limpeza, o que a deixou extremamente aliviada.
Agnes por outro lado, parecia extremamente alegre com seu traje, era quase que uma roupa normal do dia-a-dia dela, o swimsuit e a máscara de mergulho tecnológicos, não foi algo difícil de vestir, o problema foi conectar os tubos com as saídas de oxigênio do traje.

- Me sinto tão bem vestindo isso... - A pescadora disse de admirando no espelho.

- Essa desgraça não entra - Zenurik reclamava tentando colocar o capacete na cabeça, o traje foi fácil, levando menos de minutos para colocar tudo, agora o capacete parecida difícil de entrar na cabeça do jovem.

- Deixe-me ajudar você - A voz de Excalibur inrrompeu a onda de ódio do garoto que estremeceu, o guerreiro se aproximou e num movimento rápido passou a palma nos glúteos de Zenurik que ruborizou e soltou um gritinho.

- Oh, me perdoe - Excalibur disse com um tom leve de sacanagem na voz rouca, o que fez Zenurik se sentir ainda mais desconfortável.

O guerreiro pegou o capacete e colocou na cabeça do garoto com toda a forca, finalmente, conseguindo vestir.

David já estava completamente vestido, sem arrumar nenhum problema com o traje, passar de estar incomodado com os saltos nas botas, mas era o minimo, de seus aros nos braços saiam leves descargas elétricas que deixavam o jovem hipnotizado.

- Incrível, qual será a fonte de energia dessa armadura? - o garoto falava com si mesmo enquanto sentia a energia canalizando pelo traje.
- Que bom que gostou - Nova permanência em pé á frente das cabines como um fantasma, fazendo o garoto dar um pulo de susto.
- Ande, Nezha - A voz grossa e assustadora fez David estremecer, de uma cabine, um homem de traje negro e uma cruz dourada e energia vermelha no capacete saia empurrando Nezha, os tentáculos se mexiam irritados, aquilo deixou a mulher mais velha satisfeita, afinal, a armadura demorava em entrar em sincronia com o portador, mas aquilo visivelmente não foi o caso de Zenurik.
Empurrando o novato até o lado de Volt, Excalibur se pôs ao lado de Nova, cruzando os braços numa pose imponente.
As duas cabines que restavam abriram em sincronia, Hydroid e Mirage, caminharam com receio até os outros dois colegas, Nezha seguia com o olhar Mirage descaradamente, aquilo fez Excalibur grunhir, enojado.
- Tão bonitos de se ver, minhas crianças - Falou Nova, sua voz melodiosa encantava-os. - Perdão, Excalibur deve ter os assustado - Ela juntou as mãos.
- Eu ainda estou assustado - Resmungou Nezha, fazendo com que o guerreiro dirigisse o olhar para si.
A fim de separar uma possível briga, Nova continuou - Eu escolhi vocês á dedo, para ajudarem a nossa causa, proteger a última cidade intacta da Terra, Avalon, de nossos rivais D.R.A.G.O.N.S - Ela fez uma pausa - O objetivo dessa Ordem é controlar tudo e todos, a ganância dos perversos é maior do que a alma, já corrompida á tempos - Era possível notar amargura em sua bela voz - Minhas crianças, eu preciso de vocês para impedi-los de tal feito. - Ela levantou a cabeça, á movendo na direção de cada um - Qual será a sua resposta? - O silêncio caiu sobre a sala fria, deixando o local ainda mais sombrio.

CONTINUA


P.S.: HISTÓRIA NOVA! UHUUUUUUUUUUUUL
kk perceberam a piada? N.O.V.A (socorro)
Cara, eu não tenho muito o que falar, mas sim dar os créditos á Warframe, foi por causa dele que eu pude, de fato, botar nome nos personagens!
O resto eu e a Lu-chan pensamos em tudo ^-^
ESPERO QUE TENHAM GOSTADO E ATÉ A PRÓXIMA!