Two Sides of the Coin_ Cap. 11

- Cosa? (O quê?) - Indagou o italiano, com uma expressão confusa.
- Estavas á se engraçar com a Senhorita Jennifer? Por isso não foi nos ajudar? - Ace andou até a direção de Victor, claramente agressivo.
- Claro que não! Tinha que deixa-la em segurança - Replicou o maior, engrossando o tom de voz.
- Pois tenho sérias duvidas sobre isso - Resmungou Ace, passando a encara-lo.
- Não ouse duvidar da minha lealdade com a Irmandade - Victor cerrou os olhos, ameaçador.
- É mesmo? Me parecia tão próximo com a senhorita momentos atrás - Aquilo fez o estrangeiro rosnar, mas é claro que aquilo não intimidou o Senhor Cornwell, que ficava cada vez mais feroz.
- E se estivesse mesmo á fazer algo com ela?! - Exclamou, avançando um passo pesadamente - O que terias á ver com isso?! -
- O que eu teria a ver com isso?! Ah! - Estalou a língua, fazendo um gesto de descaso.
- Foi o que pensei, nem sabes o fundamento dessa discussão estúpida - Se virou subindo em um muro para pular sobre um telhado - Vê se cresces, Ace - O garoto estremeceu, nunca Victor havia falado teu nome, muito menos naquele tom. Com uma chama de raiva nos olhos, ele viu o homem desaparecer entre os telhados, provavelmente indo para a casa de Louis.
Apertou a ponte do nariz, respirando fundo.
- O que diabos foi isso..? - Resmungando como uma velha, Ace escalou o prédio, tentando se distrair com os pássaros que fugiram assustados á fim de não ter um ataque de raiva.
- Casa de Louis, poucos minutos depois -
Victor abre a porta com um murro, fazendo o padre pular de susto, Donatella o olhou com descaso, até perceber o estado em que o gêmeo se encontrava, sabia que algo estava errado.
-Onde está o bambino? - Perguntou, recebendo um grunhido raivoso do irmão.
- Não sei, não quero saber e não me importo - Ele rosnou se encostando na parede, cruzando os braços, o fato do capuz cobrir-lhe metade do rosto deixava sua fúria levemente mais assustadora.
- Quoi? - Louis indagou confuso, persistente, Donatella pergunta mais uma vez, dessa vez com a voz mais firme.
- Victor, onde está Ace? - Ele levantou o olhar para a mulher.
- Já disse! Da última vez que vi o stupidone estavas á se intrometer na minha vida - Exclamou, a mulher suspirou, cansada e exasperada.- E não se preocupes minha irmã, apesar de Ace agir como uma, ele não é mais uma criança, sabe se cuidar, se é que me entende - Gesticulou de forma sarcástica enquanto se aproximava de Louis e Donatella, que estavam perto da costumeira mesa onde costumavam decidir os planos.
- Oh Dio mio, por que brigaram? - Perguntou, olhando o irmão de forma assustadora.
- Brigar?! Claro que não! - Esbravejou Victor, socando a mesa, fazendo o móvel tremer.
- Não quebre nada... É uma peça cara... - Murmurou Louis, porém este recebeu um olhar tão selvagem do companheiro que apenas recuou alguns passos, fazendo o sinal da cruz com os dedos.
- Fratello, estás claramente alterado, ainda mais quando se cita o nome do bambino - Disse, olhando nos olhos do irmão.- Diga-me o que aconteceu -
- Ah, mas esse episódio foi tão importante quanto a relevância dele em minha vida - Sua expressão voltou ao costumeiro sorriso, porém, Donatella sabia que ele estava extremamente afetado com aquela misteriosa briga que obrigaria o irmão contar depois.
- Não digas besteiras - A resposta de Victor fora tão fria quanto sua frase.
- Besteiras? Pois essa é a mais plena verdade -
Ace entrara na construção educadamente, botando o documento na mesa, sincronizados, os gêmeos o olharam.
- O documento que querias, Louis - Olhando de relance para Victor, continuou - Com licença - Falou, saindo com a mesma educação e deixando um Louis embasbacado para trás.
- Foi tarde - Rosnou o italiano virando-se teimosamente para o lado contrário da irmã, numa linguajem corporal que podemos declarar como defensiva. Donatella suspirou, sem mais olhar para o irmão, começou á discutir sobre o documento com o francês, que as vezes gaguejava com uma expressão desmazelada.
- Porto
Em meio aos barcos pesqueiros e de carga que ancoravam fazendo ondas sobre o Porto molhando as pessoas que reclamavam xingando pelo corpo molhado de Água salgada.
Mas, em especial um navio imigrante estava ancorando junto aos comerciais, dentro dele pessoas de várias nações européias diferentes vinham a tentar a vida nas Colônias Inglesas.
As velas foram abaixadas com dificuldade devida a força demasiada do vento do litoral, que mechia os galhos das árvores próximas de forma incessante.
- Ah, tão Hermoso e Intrigante! - A voz de um homem veio do navio, a rampa de saida foi abaixada e a massa de imigrantes desceu entre burbúrios e esbarrões as pressas, diferente dos outros, esse homem desce tranqüilo sem preocupações, aspirando o ar do porto.
- Espero que encuentre a mis compañeros (Espero que encontre meus companheiros) - O homem que esbanjava um sotaque espanhol pegou sua mala pelo ombro e seguiu por uma rua que não fazia idéia aonde ela daria.

- Bar Estrela do Mar.

A porta do bar foi aberta, Ace colocou a mão no bolso e sorriu ao sentir o toque frio das moedas, após o baile a bebida se tornou algo essencial na vida de Ace.
O jovem tirou o capuz e se sentou em uma mesa, longe a enorme baderna do bar, um lugar não muito limpo, escuro e com cheiro forte de álcool e fruta podre.
Homens bêbados gritando palavrões e cantando músicas que eram impossíveis de se compreender.
- Smug bastards... - O garoto resmungou para si mesmo, ao ver uma garçonete levantou o braço chamando-a - Uma garrafa de Whisky, Miss. - Pediu Ace, a garçonete; uma mulher jovem, de cabelos castanhos crespos; assentiu e pegou no bar a garrafa de Whisky abrindo-a e virando o líquido avermelhado e ardente no copo de Ace.
- Thank You - Ele piscou para ela, recebendo uma folha de papel com o valor do Whisky e espaço para seus futuros pedidos, ele sorriu e virou a primeira dose, o prazer de sentir seu interior queimar e um calor subir na cabeça era maravilhoso.
Colocando o copo de volta a mesa, Ace pensava o que Victor e Jennifer estavam fazendo, como seu amigo o trairía com uma mera Cliente da irmandade?  Isso fazia ele sentir-se triste, mas a bebida era tudo para ele no momento, virando outra dose.
A porta se abriu novamente e um homem entrou, estava meio suja e desarrumada, parecia também úmida, um traje escuro de tons marrons e vermelho-vinho ao couro, faixas vermelhas e pretas na cintura com pendurricalhos, a pele morena com marcas de cicatrizes, e um rosto coberto com uma barba e um bigode bem arrumado, olhos verdes claros como esmeraldas e o cabelos pretos ondulados presos em uma trança curta, em média tinha 40 anos à visão de Ace, já turva pela bebida.
O homem se sentou numa mesa ao lado do garoto, colocando uma perna sobre a outra estalando os dedos, alguns homens que se mostravam felizes cantando, ficaram em silêncio, alguns até se escondendo após a chegada do novo estranho.
- Hey! niña, me traiga una botella de Rum!- Ele bateu na mesa? Chamando a atenção da garçonete. Um espanhol que parecia vestir-se como um Pirata. A mulher trouxe a garrafa até ele, que sorriu e tirou a rolha, virando o gargalo a boca bebendo grandes goles, como se bebesse água.
- És um homem treinado - Ace riu para o velho tentando puxar assunto, em troca o espanhol largou a bebida e deferiu um olhar sombrio que Ace por estar já embriagado, não se deu conta.
- Pareces que gosta de uma boa bebida, niño - O pirata sorriu e ofereceu uma dose de seu rum a Ace, que aceitou, bebendo com prazer.
- Me chamo Hernández Del Rey, é um prazer conhecer-te - Hernández estendeu a mão para um comprimento, o garoto relutante aceitou e ao tocar a mão do velho sentiu a força que ele tinha ao fechar sobre Ace e sacudir o braço.
- Ace Cornwell - Ao balançar o braço Ace bateu seu cotovelo na mão de um bêbado, que largou a bebida no chão, quebrando a caneca e derramando o líquido dourado. O homem olhou para Ace emanando raiva, sem alguns dentes na boca, careca, pele suja e roupas rasgadas.
- Ei, seu filho de uma puta! Não sabe que eu paguei por isso?! - O beberrão gritou na cara de Ace, Hernández voltou a beber seu rum, sabendo o destino que aquilo iria ter.
Ao ouvir o insulto que lhe foi recebido, Ace se levantou da cadeira com o rosto fechado e com a raiva esburrando de seu rosto.
- Quem estás a chamar de ''Filho da Puta'', Sir? - O garoto deu um passo a frente do homem, ambos quase batendo o peito contra o outro.
- Você mesmo, burguês! Aposto que sua mãe era a pior das prostitutas! - Alfinetou o homem apontando o dedo na cara do garoto, que não fez nada por alguns segundos, até que numa explosão de raiva, Ace pegou a cadeira que estava ao lado e a ergueu com uma velocidade quase que invisível, acertando em cheio sobre a cabeça do homem, quebrando em pedaços e deixando o beberrão ao chão nocauteado com a cabeça sangrando.
- Deverias pensar ao falar da mãe de um estranho, my friend... - A voz do garoto fez até mesmo Hernández estremecer por dentro e dar um sorriso, era um garoto de coragem e astúcia.
- Mas o que se passa aqui?! - Gritou a garçonete com um sotaque peculiar - Se querem brigar, que o façam lá fora! - Esbravejou a mulher, apontando para a saída do Bar, sorrindo travesso, Ace levantou as mãos em um sinal de rendição, botando o dinheiro sobre a mesa e saindo do compartimento.
Estava achando aquilo tudo muito divertido, tanto que até se esquecerá sobre a briga com o amigo.
- Aonde vais, niño? - A voz de Del Rey ecoou pelos ouvidos do jovem, que se virou sorrindo.
- Ah... - Ace encarou o chão, pensativo - Acho que deveria voltar para a casa de La Fidele, os malditos devem estar preocupados - Acariciou as próprias bochechas, o que era extremamente cômico aos olhos do velho.
- La Fidele... - Ponderou - Louis La Fidele? - Os olhos do mais novo brilharam em curiosidade.
- Oh, como sabes? - Perguntou curioso, Del Rey ergueu uma sobrancelha, mostrando discretamente o broche da Ordem preso em sua casaca, com um soluço, Ace riu - Entendo, já sabes onde fica a casa daquele idiota? - Apesar dos xingamentos, o tom de voz do garoto era brincalhão, o que não de se admirar, afinal, o Senhor Cornwell está bêbado.
- Sí, sí - Respondeu, segurando a sua mala.
- Perfect! Me ajudes á ir lá, não me lembro nem do que estou fazendo aqui - Passou a mão na nuca sem tirar o sorriso estúpido do rosto, sem mais nenhuma palavra, o velho continuou seu caminho tranquilamente. - Ora.. - Resmungou Ace, o alcançando com uma breve corrida, cambaleante.

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- Onde aquele merde foi se meter? - Louis murmurava consigo mesmo, encostado sobre mesa de braços cruzados enquanto encarava o chão.
- Esqueça-o, afinal, logo aquele... - Sem encontrar palavras, Victor rosnou - Ele voltará, de um modo ou de outro - Concluiu friamente, como um diabo.
- Já se passaram duas horas, fratello - Donatella disse exasperada, gesticulando ferozmente, recebendo apenas um revirar de olhos por parte do irmão - Não me dê esse olhar, sabe-se lá onde ele foi se meter! - Exclamou, dando um murro sobre a mesa, e, consequentemente, fazendo Louis dar um pulinho - Oh, perdão - Desculpou-se com a voz mais mansa.
- Apenas... Não quebre a mesa - Murmurou o francês, com uma expressão de casca vazia.
Em poucos momentos depois, a porta é chutada fazendo um barulho descomunal, em reflexo, os gêmeos sacam suas pistolas ao mesmo tempo.
- Oh! Vão atirar em mim? - Ace cruzou os braços franzindo o cenho, forçando a sua voz ara o mais fino possível.
- Ah, és tu - Resmungou o italiano, guardando a pistola.
- Y yo! (e eu!) - Logo atrás do americano, Del Rey vinha com a mala em mãos, abrindo os braços convidativo.
- Não... Não o velho - Victor levanta de supetão, com uma notável cara de desgosto, se encurralando contra uma parede.
- Demonstre mais respeito á um Mestre-Assassino - Donatella desferiu suas palavras frias contra o gêmeo, que parecia não dar ouvidos á mulher. - Victor, estou falando contigo! - Ela elevou seu tom de voz, fazendo com que, finalmente, ele á olhasse - Se controle - Victor abriu a boca para dar uma resposta mal criada á irmã, se certo francês não os tivesse interrompido.
- É um prazer ter um Mestre-Assassino em minha casa - Interrompeu Louis, fazendo uma leve reverência - Por favor, não se incomode com esses selvagens, oui? - Voltou á sua pose original, cruzando os braços.
- Sem problemas, chico! - Sorriu o espanhol, dando dois tapinhas no ombro de Louis, que arfou devido á força colocada no gesto.
Aproveitando á deixa, Ace se instalou no sofá, o garoto se encolheu e começou a dormir como um anjo.
Louis olhou para Ace ajustando os óculos, o francês ciu qhe o garoto devia ter tido um dia cheio e o deixou no sofá a dormir. O assassino virou a cabeça para Hernández, que sorria.
- Vou peparar-lhe um quarto, Monsieur, fique à vontade - Louis levantou os braços mostrando a casa num gesto convidativo, Del Rey soltou uma risada típica de um Pirata.
- Siempre foi muito convidativo, como tua mãe! - O espanhol se sentou em uma cadeira e Liuis pegou a mala indo para um quarto livre no segundo andar.
- E vocês dois... cresceram bastante, niños - Hernández tirou a bandana vermelha suja da cabeça enquanto falava com oa gêmeos, que ao notarem que estavam sendo dirigidos a palavra, tomaram atenção ao Mestre como duas Corujas-da-Torre.
- Tu apenas nos viste uma vez quando estavas na Itália em busca de Charque, signore. - Donatella cruzou os braços sorrindo de canto, com Victor ao lado gesticulando com abboca tudo que a irmã falava em deboche, mas, parou ao sentir seus dedos do pé serem esmagados.
- Mesmo assim, trouxe em minha bolsa pessoal um regalo para todos - O espanhol abriu uma bolsa carteiro de couro e de lá tirou um saco de tecido grosso que parecia pesado, Victor arqueou uma sobrancelha desconfiado.
Quando o homem soltou a bolsa um cheiro doce e queimado pairou no ar, os olhos dos gêmeos brilharam ao ver que dentro da bolsa havia mais de três quilogramas de Açúcar, algo raro e extremamente caro.
- Pareces que o signore foi um bom pirata desta vez... - Victor se aproximou pegando um oinhado de açúcar na mão.
- Me desculpe; niño, mas, jo soy um Corsário, jo tengo minha Carta Del Corso, todavia jo no soy um Pirata - Corrigiu com um leve tom se irritação e indignidade, Del Rey, um Corsário ao serviço da Espanha e da própria Irmandade.
Sem dar muita importância mas corrigindo internamente, Victor sorriu ainda mais ao colocar uma pequena quantidade do "Ouro Doce" em sua língua.
- Isso deve estar ao preço de todas as minhas posses... E órgãos- Donatella olhava os cristais, era a primeira vez que via tanto açúcar em um lugar só de uma forma tão fácil.
- Si, está extremamente caro, mas, pero no estar vendendo-o abaixo do preço de mercado, se é que me compreendem... - O Mestre Assassino sorriu e os gêmeos se entre olharam sorrindo, afinal, sabiam exatamente o que ele estava falando.

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Enquanto os Assassinos de combate conversavam, Louis, na ponta dos pés, andou até o sofá, onde Cornwell estava instalado e dormindo profundamente. Com cuidado, o francês o cutucou, em reflexo, o garoto agarrou seu punho com destreza, mas soltou o aperto ao ver que era o companheiro.
- Perdão, Louis - Se sentou, com um grunhido - Maldição - Praguejou Ace, encostando a mão enluvada na testa, a consequência da bebida, ressaca, o atingia cruelmente.
- Pareces que alguém bebeu como um porco - Debochou Victor, que parecia ler algo. Revirando os olhos o garoto se levantou um pouco cambaleante.
- O que estás á ler? - Perguntou, a voz levemente rouca enquanto se aproximava do homem.
De forma rude, o italiano empurrou o papel contra o peito de Ace, que suspirou surpreso.
- Veja por si mesmo - Por alguns momentos seus olhos se encontraram, fazendo o garoto se lembrar do que acontecerá um dia atrás, o que o fez fechar a cara, zangado.
Á fim de se distrair, e apesar da enorme dor de cabeça que estava no momento, leu pequena parte daquele jornal.

 In CONGRESS, July 4, 1776.
     A DECLARATION 
By the REPRESENTATIVES of the 
 UNITED STATES OF AMERICA,
In GENERAL CONGRESS assembled. 

Ace sorriu, não precisava ler mais nada, botando o jornal delicadamente sobre a mesa satisfeito, olhou Louis com euforia.
- Estamos livres, my friend! - Exclamou feliz, ajeitando os cabelos extremamente bagunçados devido ao dia anterior.
- Estás a falar da Declaração da Independência, non? - O padre piscou lentamente, Ace assentiu em resposta - Sim, porém temo que os britânicos não deixaram barato - Concluiu, ajeitando o óculos, notando que Victor não falará nada, o italiano situava-se acuado num canto, como um cão.
- Precisamente Mr. La Fidele - Brincou o garoto, fazendo uma leve reverência, olhou pela janela, o povo estava indo á loucura, mulheres e homens de todas ás idades nas ruas, brandindo a famosa bandeira dos Estados Unidos da América. 
Olhou para os lados, estranhando a ausência de Donatella.
- Onde está Donatella? - Perguntou, olhando diretamente para Louis, que saiu dos devaneios num susto.
- Rondando a área - Replicou o francês, cruzando os braços.
- Entendo - Ele piscou agradecido, uma memória embaçada passou por sua mente como uma carruagem fora de controle - E... O senhor... Del Rey? - Questionou, com apreensão de ter errado o nome do Corsário Espanhol.
- Oh, Del Rey me informou que visitaria um velho amigo - Louis puxou o garoto - Tenho um trabalho para ti - Disse olhando um Victor sombrio de soslaio, o homem iria continuar sua frase, se a porta não tivesse sido aberta em um murro, fazendo os três sacarem alguma arma.
- Fratella? - O italiano estava embasbacado, botando a adaga de volta em seu cinto. A mulher se encontrava num dos piores estados, filetes de sangue escorriam de seu nariz e boca, a pele antes bronzeada, estava pálida. Sem perder mais tempo, o irmão a pegou no colo e botou no sofá, em momento algum os olhos castanhos pararam de olhar Ace, que se aproximou rapidamente.
- Fratellino.. - Grunhiu, era notável o sangramento no tronco da mulher, que se alastrava pelas roupas escuras - Precisas se apressar... Estão indo atrás do Signor Egberth... - Seus olhos se arregalaram, em poucos momentos ele botou o capuz e correu rapidamente pela porta, olhando para os lados exasperado correu até uma carruagem, derrubando o cocheiro com grosseria.
Não havia tempo para bons modos, a vida de um aliado importante estava em jogo, os chicotes estalaram e a carruagem avançou como um raio.
Era difícil desviar dos civis que comemoravam a esperada independência, as vezes o garoto derrubava uns, ouvindo gritos e xingamentos. Usou sua visão de águia suspirando aliviado ao perceber que os inimigos não tinham o notado em seguida fazendo um curva perigosa, precisava chegar aos aposentos do Tenente-Coronel o mais rápido possível, ainda mais no estado do mais velho, que se situava em sua casa, manco, devido á lâmina de uma baioneta que atravessara sua perna. Ele se arrepiou com os pensamentos cruéis que passaram pela sua mente, estalando os chicotes com mais voracidade e passando por ruelas em forma de atalho para o Bairro de Egberth, porém Ace não pensou em todo o seu plano, ao passar por um beco a carruagem ficara entalada, estalando a língua impaciente, ele se levanta pulando para o teto e se agarrando ás íngremes e fétidas paredes daqueles prédios escuros e de arquitetura duvidosa, escalando com voracidade, e pulando os telhados, em busca de 10th Street, seu coração batia á mil, pulando no último telhado ele viu algo que o fez arfar.
Pelo menos cinco homens estavam na frente de uma casa de madeira simples, homens com o costumeiro uniforme templário.
Ace sacou suas pistolas, atirando certeiro em dois capangas, pulando da tenda de uma loja para a rua, sacou uma bomba de fumaça, desnorteando o restante e entrando veloz dentro da casa de seu antigo superior, olhando os  lados usou novamente a visão além do alcance.

"Está no quarto"

Estremeceu, correndo contra a porta e a espatifando, chamando á atenção do Templário mascarado que apontava uma pistola diretamente no rosto de Egberth, rápido, Ace desferiu um chute no punho do oponente, fazendo a arma de fogo cair longe ao mesmo tempo que o Templário rosnou de dor. Á medida que o Assassino sacara sua arma, o mascarado pulará a janela, extremamente veloz, Ace por sua vez o perdeu de vista, não se importou o que importava no momento era que Egberth estava sã e salvo.
Por pouco tempo, ainda havia sobrado três homens que avançavam pesadamente fazendo um barulho insuportável no piso de madeira.
- Fique - Foi a única coisa que Cornwell disse antes de aparecer na porta apontando suas pistolas, era tarde, dois  foram mortos pelas lâminas ocultas de Del Rey enquanto o terceiro era finalizado por outro Assassino, na qual ele não conseguirá reconhecer, Ace abaixará suas armas, sem abaixar a guarda, agradecendo silenciosamente aos dois companheiros. Voltando o olhar á Egberth que permanência parado com um olhar vago.
- O Senhor está bem? - Perguntou o garoto o olhando pelos ombros, o Tenente Coronel o olhou, breve mas significativo.
- Estou, lhe devo minha vida garoto - Respondeu, colocando uma mão sobre o ombro do antigo subordinado que soltou um meio sorriso.
- Detesto atrapalhar reencontros, mas - A voz do espanhol ecoou, fazendo ambos olharem para o mesmo - Se esses hijos de puta vieram atrás do Senõr, é porque sabes de algo - Continuou, cruzando os braços. Egberth assentiu.
- Há Templários infiltrados no exército americano- Ele se senta em uma velha cadeira de madeira com dificuldade - Como nunca percebi isso... Seu sobrenome... - Murmurou com a voz rouca e cansada, depois daquele ocorrido, Ace percebeu que Egberth havia envelhecido, não fisicamente, mas de espirito.
- Sí, sí, continue - Ordenou Del Rey, o homem levantou o olhar, os olhos ainda nublados de dor.
- Peter... Peter de La Serre - Disse, enfim, o rosto de Cornwell empalideceu, sua compostura caiu, estava sem chão.
- Um La Serre?! - Exclamou o Corsário, com uma ponta de bestialidade em sua voz. - Maldición! - Praguejou, saindo pesadamente da casa do Tenente Coronel.


Continua


P.S.: HEHEHE A PARADA TÁ JÁ NO INCÊNDIO JÁ TÁ LIGADO?
OLHA LÁ A NUVEM DE FUMAÇA
TENHO MAIS NADA A COMPLEMENTAR
até a próxima pessoalis, kk

 


Comentários

  1. Essa briguinha de ciúmes. Me falaram que quando sente ciúmes eh porque gosta muito da pessoa
    Liki: Por isso a Molly tem ciuminhos do Victor AKKWKAKSKA
    Molly: Mio padre, mio padre...

    Ace bebum de novo, deve beber não sei quantas por dia, eu ein! KAKDKAKS

    Sei nada disso de Assassin's Creed; Ordem, Templários, blablabla...
    Minha reação com Peter ser um Templário: "Um Templário? ELE EH UM TEMPLÁRIO?! Oque eh um Templário?..."

    Essa história tah perto de estourar a boca do balão KAKSKAKSKA

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  2. Ace: Ciúmes? Claro que não, é apenas ser sensato! Coisa que esse idiota não é *pistola*
    SHAUHSAUSHAUSHA, fala pro teu pai que o Ace tá doidão xD
    Poor Ace, descontando os problemas na bebida, de novo.
    Basicamente, Templários são os inimigos dos Assassinos, oq vai render altas tretas!

    HUHU PODE CRER MINHA CARA AMIGA, PODE CRER!

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  3. ''Vê se cresces, Ace'' - Nozaaa, pra q essa agressividade com o cara, ele gosta de tu...
    Nossa , Vitinho tava pistolinha , cê é loko.... Pra q brigar assim gente?

    Espanholzin esperançoso, pena q ele n sabe q aq em TSOTC é só as treta.

    Lá vai o cacheceiro tomar uma pinga das boa, ai ai Ace, se continuar assim n da certo nn.

    agora uma boa trilha sonora para o ''cachaceirus moment'' : EU VOU NO BAAAR , BEBER PRA CURAAAAÁÁÁRRR A DOR DA SAUDADE QUE DÁÁá....

    EITAAAA, O CARA FALOU DA MÃE DO ACE... *vai dar merda, vai dar merda, vai dar merda , vai dar merda , vaaai*

    Pelo menos n veio uma gangue pra bater no Ace né, se não nosso querido protagonista pinguço estaria morto kksksks.

    (É hoje que a mesa do Louis quebra lloloololol)

    A INDEPENDENCIA BERGGG

    MEO DEOS DO CÉU BERG, O TENENTE QUASE FOI MORTO BERG!

    SCRR BERG

    Eu disse, avisei várias e várias vezes q o Peter n prestava. Agora fica aí mais chocado que ovo de galinha caipira, Ace.

    Agora, eu to ligada q vai acontecer a Guerra da Independencia q vai durar um bocado de tempo, resumindo tudo... VAI TER MAIS TRETA YAYYY! A-do-rooo!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Victor: Gostar? Gostar?! *angry italian noises*
      Acredite, o velho é mais treteiro doq tu pensa xDDD
      Ace: Nossa, que engraçado, piadista do ano tu *sarcasmo intensifies*
      DEU MERDA PAKAS AHSHAH
      PINGUÇO, EU ENTENDI A REFERÊNCIA 👉😂👉
      Ace: iNDEPENDENCIA PORRA *pega um vaso de flores e taca no chão*
      Danny: '-'

      Esse Petar, Petar lokao
      MAS EH CLARO QUE VAI TER MAIS TRETA GEYHRTHS

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